50 anos Clube da Esquina: compositor Márcio Borges celebra e rememora incício da parceria
Exposição ‘Viagem de Ventania - Trilha Sonora dos Tempos’, inspirada pela discografia do movimento, foi concebida pelo artista integrante
O álbum Clube da Esquina, que deu início ao movimento musical de mesmo nome, completa agora 50 anos desde seu lançamento. O disco foi creditado a Milton Nascimento e Lô Borges, mas tem a participação de diversos músicos e compositores da região de Belo Horizonte. Um deles, o compositor Márcio Borges, inaugurou recentemente a exposição Viagem de ventania – Trilha sonora dos tempos, inspirada pela discografia do Clube da Esquina. Foram selecionadas 12 músicas do movimento para serem ambientadas por meio de objetos, projeções, luzes e cores.
Os visitantes terão a oportunidade de adentrar a exposição e imergir em canções como Paixão e fé, Canção do novo mundo, Clube da esquina nº 2, Nuvem cigana, Beijo partido e Planeta sonho, entre muitas outras. A ideia é que o espectador possa ouvir as músicas da mesma forma como os músicos e compositores do Clube as ouviram durante o processo de produção. O projeto está em exibição no Centro Cultural Unimed-BH Minas e segue até o próximo domingo, dia 6 de março.
Em homenagem ao cinquentenário do Clube da Esquina e para saber mais sobre a exposição Viagem de ventania – Trilha sonora dos tempos, o programa Conexões desta sexta-feira, 25, teve a honra de receber o compositor, escritor, integrante do Clube e responsável pela concepção do projeto, Márcio Borges. O músico falou sobre o processo de desenvolvimento de homenagens como a exposição e explicou que foi convidado a organizar a mostra como uma imersão, uma espécie de passeio, pelo universo sonoro do Clube da Esquina. Para o compositor, o exercício de resgate do disco e das canções foi pautado na ideia de que não seria o suficiente realizar uma mera exibição de objetos dos artistas integrantes do movimento.
Márcio Borges também falou sobre o início da parceria e os demais artistas que fizeram parte da trajetória do Clube. “É uma história muito antiga que começou como uma amizade de jovens. Começou pela amizade e permaneceu pela amizade, e só rendeu tantos frutos maravilhosos pela amizade. Queríamos trabalhar juntos e atravessar a existência juntos, e conseguimos atravessar fazendo música boa, de boa qualidade e de originalidade, a ponto de ter se sustentado todos esses anos”, refletiu o artista.
O convidado também falou sobre a relação especial da música do movimento com o estado mineiro, especialmente a cidade de Belo Horizonte, e da capacidade dessa arte de se espalhar por todo o Brasil. “Esse Clube não pertencia a um bairro, a uma cidade, ele não pertencia nem mesmo a um só país. Ele pertencia e pertence a todos aqueles que abrirem o coração para nos ouvirem e quiserem seguir com a gente.Qualquer um que fizer isso é um membro do Clube da Esquina”, comentou o integrante.
Ouça a entrevista completa no Soundcloud.
A exposição Viagem de Ventania - Trilha Sonora dos Tempos é feita na Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2244, Lourdes), até o dia 6 de março, com entrada gratuita. O espaço funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 20h, e nos sábados, domingos e feriados, o horário é das 11h às 18h. Devido à pandemia da Covid-19, a capacidade de visitantes é limitada a 30 pessoas e é obrigatório o uso de máscaras.
Produção: Carlos Ortega, Enaile Almeida e Nicolle Teixeira, sob orientação de Hugo Rafael
Publicação: Enaile Almeida, sob orientação de Breno Rodrigues