A pandemia alterou o comportamento dos adolescentes?
Pesquisadores da UFMG, Fiocruz e Unicamp querem saber o que se passa com jovens de 12 a 17 anos para subsidiar políticas de promoção da saúde em situação totalmente nova
A pesquisa ConVid Adolescentes quer saber como os jovens de 12 a 17 anos estão lidando com a pandemia da covid-19. O estudo, uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz, a UFMG e a Unicamp, inclui um questionário on-line, com perguntas sobre ensino a distância, tempo diário em frente a uma tela, dificuldades e experiências positivas durante o distanciamento social. Os resultados vão contribuir para a criação de políticas públicas de promoção da saúde destinadas a esse grupo.
A médica e professora da Escola de Enfermagem da UFMG Déborah Malta diz que a pesquisa pretende revelar o que mudou no comportamento dos jovens durante a pandemia, considerando alterações no estilo de vida e questões relacionadas à solidão, à ansiedade, a mudanças nos hábitos alimentares, entre outras.
A professora acrescenta que, para a participação dos adolescentes na pesquisa, é necessária a aprovação dos pais, por meio de um termo de livre consentimento disponível no questionário. Ela realça que é importante ouvir os adolescentes e saber como eles estão atravessando esse período difícil da pandemia. O questionário da pesquisa ficará disponível até o final de agosto.
Entrevistada: Deborah Malta, médica e professora da Escola de Enfermagem da UFMG
Equipe: Diogo Diniz (produção), Márcia Botelho (edição de imagens) e Jéssika Viveiros (edição de conteúdo)