Ensino

Aluno do ICB desenvolve game para estimular interesse pela botânica

Jogo entremeia desafios e informações para o praticante, sobre a fisiologia do pé de feijão

Anderson Almeida, criador e desenvolvedor do jogo Meu Pé de Feijão
Anderson Almeida, criador e desenvolvedor do jogo Meu Pé de Feijão Dalila Coelho / UFMG

Plantar uma semente de feijão no algodão, molhá-la diariamente e acompanhar sua gradativa germinação estão entre os primeiros contatos que as pessoas mantêm com a botânica. Inspirado nessa experiência simples, o estudante Anderson Almeida, do curso de graduação em Ciências Biológicas, desenvolveu o jogo educacional Meu pé de feijão. O objetivo, além de aliar tecnologia e educação, é despertar o interesse dos alunos do ensino fundamental e médio para o estudo da botânica. “É um recurso didático interessante para o aprendizado e reforço escolar”, resume o desenvolvedor.

No game, o personagem Andinho ajuda os animais a recuperar os feijões roubados pelo temido professor Botânicous. O jogador precisa se esquivar de lagartas mortais e outras armadilhas, sem deixar de colher os grãos espalhados pelo caminho. Enquanto se entretém com desafios, em cada fase, ele entra em contato com diversos conteúdos – vídeos, imagens, textos e perguntas – que auxiliam a compreender as estruturas, o desenvolvimento e a fisiologia do feijoeiro.

O jogador ajuda o personagem Andinho a recuperar os feijões e enfrentar os desafios do caminho
O jogador ajuda o personagem Andinho a recuperar os feijões e enfrentar os desafios do caminho Divulgação

O jogo, que está em sua versão beta de desenvolvimento, é composto de duas etapas que são chamadas de fase da semente e fase da raiz. Ao fim de cada uma, o jogador deve responder a algumas perguntas interativas acessadas pelo celular, por meio de QR Code. Meu pé de feijão também possibilita a professores acesso ao banco de dados gerado para visualizarem as respostas dos seus alunos.

Aperfeiçoamento
A ideia do jogo nasceu de um projeto sobre anatomia e fisiologia vegetal realizado em uma das disciplinas do curso. Posteriormente, Anderson decidiu adaptá-lo para a educação básica, de forma a fazer dele uma plataforma para auxiliar o ensino de botânica.

Como o jogo está na versão beta, as sugestões de estudantes e professores são importantes para seu aperfeiçoamento. Segundo a professora Rosilene Siray Bicalho, do Setor de Biologia do Coltec, o jogo apresenta um interessante potencial didático, mas ainda há muitos ajustes por fazer. “Ele necessita do feedback de jogadores e de professores para que se torne um excelente recurso na sala de aula”, explica Rosilene.

Opiniões, ideias e colaborações sobre a utilização do Meu pé de feijão podem ser enviados para o e-mail andersonalmeida@ufmg.br.

Assista ao vídeo de divulgação da versão beta do Meu pé de feijão, produzido pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae):

Cláudia Amorim