Arte e Cultura

Alunos de oficina montam exposição de aquarelas de Friederich Hagedorn

Obras do pintor alemão integram Coleção Brasiliana

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Oficina capacitou pessoas interessadas nos trabalhos de curadoria e conservação de peças artísticas
Raphaella Dias / UFMG

Os trabalhos de restauração, conservação e exposição de peças artísticas reuniram, nesta segunda-feira, dia 15, cerca de 20 participantes na oficina Ateliê de Montagem de Exposições, no Centro Cultural UFMG, como parte da programação do 51º Festival de Inverno. Os alunos trabalharam na montagem da exposição de uma amostra do acervo da Coleção Brasiliana, formada por aquarelas pintadas no século 19 pelo alemão Friederich Hagedorn, em sua visita ao Brasil. As obras foram doadas à Universidade na década de 1970 pelo jornalista Assis Chateaubriand e agora estão à mostra durante o festival.

Segundo Ana Martins Panisset, coordenadora do Acervo Artístico UFMG e uma das professoras responsáveis pela oficina, a exposição, embora seja resultado de todo o processo das atividades do ateliê realizado nesta segunda-feira, teve início com os trabalhos de conservação e restauração das obras do pintor alemão, que retratou diversas paisagens, algumas delas já identificadas como sendo do Rio de Janeiro. As obras compõem o Acervo Artístico UFMG, administrado pela Diretoria de Ação Cultural, que agora pode ser visitado on-line

Durante o processo de tratamento das obras, nasceu a ideia de utilizar a montagem da exposição como oficina para capacitar alunos e interessados nos trabalhos de curadoria e conservação de peças artísticas.

Ana Panisset:
Ana Panisset coordena o Acervo Artístico UFMGRaphaella Dias / UFMG

Patrimônio da arte
Professores de diversas áreas ministraram a oficina. Além de Ana Panisset, que também é professora da Escola de Ciência da Informação, fizeram parte do time a professora de expografia do curso de Museologia da UFMG Verônica Segantini, a bibliotecária Diná Araújo, conservadora-restauradora e coordenadora do Setor de Coleções Especiais da Biblioteca Central e que participou do processo de conservação das obras de Hagedorn, e Sérgio Arruda, produtor cultural e montador de exposições de arte.

Ana Panisset destaca a importância de trabalhar a restauração e conservação das obras, que não haviam sido tratadas antes e, por isso, estavam em processo avançado de degradação. “O patrimônio da Universidade é público. São obras de extrema importância para a história da arte, para a história do Brasil, conta muita coisa de nossa identidade", justifica a professora. A UFMG tem a segunda maior coleção de obras de Friederich Hagedorn no mundo e a maior do Brasil.

Renata Valentim