A Serra do Curral é considerada um símbolo de Belo Horizonte e de Minas Gerais, dotada de valor ambiental, histórico e cultural. Esse valor é reconhecido tanto em nível federal quanto municipal, nos quais ela é tombada como patrimônio. Porém, o processo em nível estadual não foi efetivado e há resistências para isso. É nesse contexto que a Tamisa, Taquaril Mineração SA, obteve do governo de Minas a aprovação para um empreendimento minerário na Serra. Especialistas apontam uma série de riscos envolvidos, para a fauna e flora locais, para a qualidade do ar, para o abastecimento de água e até para a paisagem de Belo Horizonte e região metropolitana. Diversas entidades da sociedade civil e do estado têm se mobilizado contra o projeto da Tamisa. O Ministério Público de Minas Gerais entrou com pedido de anulação da declaração de conformidade expedida pela prefeitura de Nova Lima para a implantação do projeto minerário. O Ministério Público Federal recomendou atrelar a liberação da atividade à exigência de autorização do Ibama. Deputados mineiros se movimentam para abertura de uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, para investigar como se deu o licenciamento. No âmbito social, foi criado o movimento “Tira o Pé da Minha Serra'', reunindo ativistas e artistas. Você pode conhecer melhor e saber como colaborar no site do movimento ou no perfil no Instagram: @tiraopedaminhaserrabhmg.

Para analisar todo esse quadro e refletir sobre como a sociedade pode atuar diante de mais esse avanço da mineração, agora atingindo um local tão simbólico como a Serra do Curral, o programa Conexões conversou com a ambientalista, professora social do projeto Manuelzão da UFMG e coordenadora do "Tira o Pé da Minha Serra", Jeanine Oliveira, que atua, há 20 anos, em diversas frentes de luta contra a mineração predatória e em defesa das águas. 

Ouça a conversa com a apresentadora Luiza Glória.