Anime Akira completa 30 anos de lançamento no Brasil
Filme é responsável por popularizar animações japonesas não infantis no Brasil
Akira, de Katsuhiro Otomo, é uma das maiores e mais influentes animações japonesas de todos os tempos. O filme, de 1988, é uma adaptação de um mangá publicado em 1981 e conta também com roteiro e arte de Otomo.
A história se passa no ano de 2019, na cidade de Neo-Tóquio, uma reconstrução da capital japonesa após a cidade ser destruída na 3ª Guerra Mundial. A metrópole passa por um estado de calamidade, com constantes manifestações e ataques terroristas. Isso tudo é amplificado pelo fato de a cidade estar prestes a receber os Jogos Olímpicos de 2020. Nesse contexto, uma gangue de motoqueiros, liderada por Kaneda, se envolve em uma briga de gangues, na qual o membro mais novo do grupo, Tetsuo, sofre um acidente e é capturado pelo governo, que o torna cobaia para a criação de humanos com poderes psíquicos. Enquanto isso, um grupo terrorista busca desvendar os mistérios envolvidos em uma entidade misteriosa chamada Akira.
A obra é considerada um dos principais expoentes para a popularização das animações japonesas no ocidente, inclusive no Brasil. Trinta anos atrás, em julho de 1991, Akira foi exibido pela primeira vez nos cinemas brasileiros, sendo a primeira animação japonesa a ser exibida nas nossas telas como um filme mainstream. Além disso, o filme se tornou tema de discussão nos últimos meses, por causa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, com a obra tendo previsto o evento.
Nesta quarta-feira, 21, o programa Expresso 104,5 recebeu o roteirista, ilustrador e quadrinista Cristiano Seixas, diretor geral da Casa dos Quadrinhos de Belo Horizonte, para falar sobre a influência dessa obra e sobre como ela se relaciona com os dias de hoje.
“O Katsuhiro Otomo tinha muita influência europeia, então o anime Akira tinha uma cara um pouco mais realista desde proporção dos personagens até de hiperealismo do cenário. E ele entrou no mercado japonês, e depois no mundial, para quebrar um pouco essa visão do anima tradicional, tanto em temática quanto no visual”, explicou.
Produção: Alexandre Miranda, sob orientação de Filipe Sartoreto
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael