Bacia do Rio das Velhas é tema de exposição que será aberta hoje no Espaço do Conhecimento
O Rio das Velhas, crucial na história de Belo Horizonte, é tema da nova exposição do Espaço do Conhecimento. Em parceria com o Projeto Manuelzão, a mostra À margem: água, cultura e território será inaugurada nesta terça-feira, 21. Até 18 de junho, os visitantes poderão entender o caminho do rio, desde sua nascente até seu curso por campos e cidades, e compreender como, no lugar de áreas verdes preservadas, vieram esgoto, resíduos industriais, agrotóxicos e assoreamento.
A mostra, que integra as comemorações dos 90 anos da UFMG, dos 20 anos do Projeto Manuelzão e dos sete anos do Espaço do Conhecimento UFMG, oferece ao visitante uma instalação feita com cordas que reproduz a grandeza da bacia. Trata-se de experiência sensorial que mostra algumas cidades margeadas pelo rio e seus afluentes, evidenciando aspectos positivos e negativos dessa relação. Ao lado, outra instalação revela como o vínculo com o Rio das Velhas gerou narrativas que ajudam a construir sua forte identidade cultural. O Bumba Meu Boi, em Santa Luzia, e as histórias de Guimarães Rosa são alguns exemplos.
Mapa colaborativo
Com o objetivo de aproximar a população do rio, a exposição tem, entre os seus destaques, a instalação Mapa colaborativo, composto de dois mapas: um mostra a Belo Horizonte planejada; o segundo apresenta a capital mineira nos dias atuais, revelando por onde passam os córregos. Neste, os visitantes poderão deixar suas impressões sobre a importância da Bacia do Velhas, indicando quais atividades gostariam de desenvolver em suas margens, como beber água, nadar ou fazer um piquenique.
Toda a exposição foi concebida em parceria com o projeto Manuelzão, criado em 1997, na Faculdade de Medicina, com o intuito de desenvolver ações em prol da melhoria das condições ambientais. Esse esforço se concentrava na revitalização da Bacia do Rio das Velhas, já que muitas doenças decorriam da falta de cuidado com suas águas. A principal frente de atuação foi o investimento na educação ambiental. Atualmente, os participantes do projeto trabalham em escolas, e seu foco são os córregos do Arrudas e do Onça, em BH.
O Manuelzão recebeu esse nome em homenagem ao vaqueiro Manuel Nardi, que conviveu com o escritor Guimarães Rosa e foi eternizado como personagem no livro Grande sertão: veredas.
Localizado na Praça da Liberdade, 700, o Espaço do Conhecimento fica aberto de terça a sexta, das 10h às 17h, aos sábados, das 10h às 21h, e aos domingos, das 10h às 17h. Mais informações estão disponíveis em sua página na internet.