Há atualmente, no Brasil, aproximadamente 47 mil jovens em situação de acolhimento, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. Desses, 9,5 mil são crianças que se encontram inscritas no Cadastro Nacional de Adoção, sendo que apenas cinco mil delas estão oficialmente na fila para adoção. Uma criança é considerada “apta para ser adotada” quando não há mais chances ou formas de ela ficar com algum parente mais próximo, como tios e avós.

Por outro lado, atualmente mais de 46 mil pessoas querem adotar uma criança no Brasil. Seria de se esperar que todas as crianças em situação de acolhimento encontrassem um lar, mas a realidade é bem diferente: boa parte dos adotantes procura por crianças com determinadas características, como cor da pele, sexo, idade ou sem histórico de doenças.

Para debater essas questões, Belo Horizonte recebe nesta semana o 8º Encontro Mineiro de Adoção. O tema do evento é Adoção e o trabalho em rede: proteção integral a crianças e adolescentes. O objetivo é promover reflexões sobre o tema e contribuir para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes em situação de acolhimento no país.

Nesta quarta-feira, 2, o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, levou ao ar entrevista com Ana Lúcia Faria, coordenadora de eventos do Grupo Semear, que é um dos promotores do encontro.