Pesquisa e Inovação

BH tem mais de um milhão de infectados, estima projeto que analisa esgotos

Iniciativa tem coordenação científica de professores da UFMG

Localização hidrográfica de BH: projeto abrange sub-bacias do Onça e do Arrudas
Localização hidrográfica de BH: projeto abrange sub-bacias do Onça e do Arrudas researchgate.net

Mais de um milhão de pessoas estão infectadas com o novo coronavírus em Belo Horizonte, segundo estimativa de projeto de análise de esgotos coordenado por pesquisadores da UFMG. A última bateria de testes, cujos resultados foram divulgados hoje (sexta, 4), é relativa à semana epidemiológica 48 de 2020 (20 a 26 de novembro). Na semana anterior, eram cerca de 600 mil infectados. Em Contagem, a estimativa se manteve acima dos 200 mil infectados.

Essa estimativa representa o maior valor estimado de pessoas infectadas desde o início do monitoramento. O maior valor estimado anteriormente foi de cerca de 800 mil pessoas, na semana epidemiológica 30 (final de julho de 2020).

“Este cenário reflete o aumento expressivo da circulação do vírus em Belo Horizonte e indica a tendência de agravamento da pandemia na capital”, ressaltam aos pesquisadores.

A iniciativa reúne a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis), sediado na UFMG. O projeto conta com a parceria da Copasa, empresa de saneamento mineira, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas e da Secretaria de Saúde de Minas Gerais.

Todas as regiões monitoradas apresentaram resultados positivos para a detecção do novo coronavírus, tanto na bacia do Arrudas como na bacia do Onça, na semana 48. 

O trabalho, com duração inicial de dez meses, é fruto de Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre a ANA e o INCT ETEs Sustentáveis/UFMG. Com a continuidade dos estudos, o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus nas diferentes regiões analisadas para entender a sua prevalência e a dinâmica de sua circulação. Os pesquisadores participantes no estudo reforçam que não há evidências da transmissão do vírus por meio das fezes (transmissão feco-oral).

Com Assessoria de Comunicação da ANA