Arte e Cultura

Reconstrução de Notre-Dame é possível, analisa Leonardo Castriota

Professor da Escola de Arquitetura da UFMG é também vice-presidente do Icomos, órgão que assessora a Unesco em assuntos de patrimônio mundial

Incêndio destruiu quase todo o teto e uma das torres da Catedral de Notre-Dame
Incêndio destruiu quase todo o teto e uma das torres da Catedral de Notre-Dame Foto: Remi Mathis /Wikimedia Commons

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que o País vai reconstruir a Catedral de Notre-Dame e convocou uma campanha de arrecadação de fundos após o incêndio que destruiu todo o telhado e uma das torres do monumento nessa segunda-feira, 16.

Um dos principais símbolos da França e o monumento mais visitado da Europa, a catedral começou a ser construída em 1163 e foi concluída em 1345. Passou por várias reformas ao longo dos séculos; em 1871, já havia sido atingida por um incêndio. No século XX, sobreviveu aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial.

Em entrevista ao programa Conexões, o professor da Escola de Arquitetura da UFMG, Leonardo Barci Castriota, também vice-presidente do Icomos, órgão que assessora a Unesco em assuntos de patrimônio mundial, falou sobre a importância histórica, cultural e arquitetônica da catedral e analisou a anunciada reconstrução.

"É possível fazer essa reconstrução. Naturalmente, com o cuidado de deixar à mostra para o observador que se trata de uma reconstrução; não falsear, para as pessoas entenderem que aquilo foi reconstruído, mas utilizar materiais, técnicas que são compatíveis com o monumento", defendeu.

Ouça a conversa com a jornalista Alessandra Ribeiro


Produção de Hugo Rafael e Alessandra Ribeiro