Cedecom é institucionalizado como órgão auxiliar da Reitoria
Estrutura é responsável pela gestão da comunicação da Universidade e de mídias como Portal, Rádio UFMG Educativa, TV UFMG e Boletim
O Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG é o mais novo órgão auxiliar da Reitoria. Em sua última reunião, realizada no dia 25 de março, o Conselho Universitário aprovou a institucionalização do órgão, que, durante 25 anos, atuou por meio da fusão de duas outras estruturas de comunicação da UFMG: a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) e o Centro Audiovisual (CAV). Ambas foram oficialmente extintas pelo Conselho. As três resoluções que tratam do processo estão publicadas na edição 2.102 do Boletim UFMG.
O Cedecom é responsável pela comunicação institucional da Universidade. Sob sua gestão estão o Portal UFMG, o Boletim UFMG, a Rádio UFMG Educativa, a TV UFMG, os núcleos Web e Comunicação Integrada e as redes sociais da UFMG – Facebook, Twitter, Linkedln e YouTube.
No parecer que recomendou a aprovação da proposta, a Comissão de Legislação do Conselho Universitário destacou que a institucionalização do Cedecom é uma “necessidade antiga que lhe conferirá estabilidade jurídica, funcional e operacional, com definições claras fundamentais, como sua missão, visão, objetivos, responsabilidades de cada equipe e limites de atuação”. Como órgão auxiliar, o Cedecom oferecerá suporte à estrutura de gestão da Administração Superior da UFMG.
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida destacou a importância estratégica do órgão. “A comunicação é fundamental para uma instituição como a UFMG. É uma área transversal, que dialoga com as grandes dimensões da Universidade – ensino, pesquisa, extensão e cultura – e com a sociedade, que tem demandado de nossa comunidade soluções para os seus grandes problemas, inclusive nesta pandemia, quando a atuação de toda a equipe do Cedecom foi essencial, e o trabalho realizado tem sido primoroso e de grande relevância. Comunicar com assertividade é também uma forma de oferecer respostas a esses anseios”, afirma a reitora.
A proposta aprovada pelo Conselho Universitário formaliza a estruturação do órgão em núcleos, responsáveis pelas rotinas de trabalho, e de um conselho de comunicação, de caráter consultivo. “Essa é uma das potências da proposta. Esse conselho vai ajudar a equipe do Cedecom a formular as diretrizes para orientar a comunicação na UFMG. A ideia é reunir representantes de toda a comunidade acadêmica e profissionais externos das áreas de jornalismo, relações públicas e publicidade”, explica a professora Fábia Lima, diretora do Cedecom.
Tramitação
O processo de institucionalização do órgão começou a ser desenhado no segundo semestre de 2018, quando a reitora Sandra Goulart Almeida, por meio de portaria, instituiu a Comissão Assessora de Comunicação Institucional da UFMG. Essa comissão designou um grupo de trabalho (GT) – formado por profissionais do Cedecom com especialidades e experiências diversificadas –, que ficou encarregado de elaborar estudos e análises sobre o processo. A primeira versão da proposta foi concluída em novembro de 2019 e encaminhada à Reitoria. O documento foi então encaminhado para análise e deliberação do Conselho Universitário, que baixou a proposta em diligência para adequação à técnica legislativa e aos dispositivos legais do Estatuto e do Regimento Geral da UFMG. Os ajustes foram feitos, e a proposta, amplamente discutida em plenário, acabou aprovada por unanimidade pelo Conselho na sessão de 25 de março.
Histórico
Os primeiros passos da comunicação institucional na UFMG foram dados em 1966, com a criação do Serviço de Relações Universitárias (SRU), dirigido pelo professor Plínio Carneiro. Em setembro de 1974, surge o Boletim Informativo da Reitoria, hoje Boletim UFMG, para dar vazão às deliberações oficiais da Universidade. A Sala de Imprensa foi instalada no ano seguinte, quando ainda eram raras as iniciativas na área de comunicação institucional no Brasil.
Outra estrutura pioneira de comunicação na UFMG foi o Centro de Recursos Audiovisuais, também nascido em 1966, como órgão suplementar, para oferecer apoio técnico e executivo às atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade, por meio da elaboração de produtos audiovisuais para fins de formação, publicidade e marketing. Mais tarde, já com o nome de Centro Audiovisual (CAV), o setor passou a produzir fotografias, vídeos e peças gráficas de divulgação de eventos organizados pela UFMG, como o Festival de Inverno.
Em 1985, o Boletim Informativo da Reitoria ganhou a denominação de Boletim Informativo da Universidade e foi reconhecido pelo Conselho Universitário como órgão oficial da UFMG. Doze anos depois, em agosto de 1987, foi instalada a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) no âmbito das discussões da Comissão Especial de Comunicação Social. A CCS era responsável pela produção jornalística da UFMG, que tinha o Boletim UFMG como seu carro-chefe, e pelo relacionamento da instituição com a mídia. Sua formalização como órgão auxiliar da Reitoria ocorreu em 15 de dezembro de 1999.
A partir de 1996, o CAV e a CCS são reunidos em só ambiente, sob a denominação de Centro de Comunicação (Cedecom). A intenção era facilitar a integração dos dois setores de modo a unificar o processo de comunicação da Universidade com base em um conjunto de diretrizes comuns.
Aos poucos, o Cedecom assume outras atribuições, além das relacionadas à assessoria de imprensa, à edição do Boletim UFMG e à criação gráfica. Foram incorporados ao seu escopo a TV UFMG e o Portal UFMG, ambos criados em 1996, e a Rádio UFMG Educativa, que foi ao ar em 2005. O Cedecom também assumiu a gestão das mídias sociais oficiais da Universidade, que começaram a ser implementadas em 2009, com o Twitter, e o processo de revitalização do Portal UFMG, iniciado em 2012.
Na avaliação da professora Fábia Lima, a institucionalização do Cedecom na estrutura da Universidade é uma conquista histórica para a Universidade e coroa os esforços de todas as gestões dessa unidade: “É um reconhecimento do papel estratégico da comunicação para a UFMG no cumprimento de sua missão, como instituição pública de referência, de não apenas produzir conhecimento, mas divulgá-lo e torná-lo disponível para a sociedade. A Universidade se firma, assim e cada vez mais, como fonte reconhecidamente qualificada para abordar questões sensíveis de nosso tempo", afirma a diretora.