Centenário da Semana de 22: contexto político e reverberações na produção artística do evento
Em entrevista, programa Conexões propõe discussão sobre contextos e ramificações do político e do social na época
Há 100 anos, os nomes mais consagrados do movimento modernista brasileiro se reuniam durante a Semana de Arte Moderna de 1922. Inspirada pelas vanguardas europeias, a Semana rompeu com as artes acadêmicas que dominavam a produção nacional e ajudou a consolidar o modernismo no Brasil. O evento foi realizado entre os dias 13 e 17 de fevereiro no Theatro Municipal de São Paulo e contou com a presença de artistas visuais, escritores e músicos como Mário de Andrade, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos, Oswald de Andrade, entre muitos outros.
Se naquele momento esses nomes eram novidade no circuito, hoje em dia esses são nomes consolidados na história da nossa arte, nos livros didáticos de escolas e universidades. Apesar de seu valor histórico, a Semana teve uma má recepção por parte da mídia da época, que acusava os modernistas de serem “subversores” da arte. Com o tempo, os participantes da Semana se desdobraram e deram vida a novos movimentos, como o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Verde-Amarelo e o Movimento Antropófágo, que continuam a influenciar as artes nacionais até os tempos atuais.
Nesta segunda-feira, 14, o programa Conexões trouxe à tona uma discussão sobre a importância da Semana de Arte Moderna e o contexto político e cultural do qual o evento fez parte. Quem falou sobre o assunto foi a professora da Escola de Belas Artes, Maria Angélica Melendi, residente do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares da UFMG (IEAT). A docente também falou sobre o atraso com que os movimentos de vanguarda chegaram ao Brasil, os desdobramentos do modernismo específicos do cenário nacional e a influência da visão de mundo elitista tradicional no que estava sendo produzido pela Semana de 22.
Ouça a entrevista completa no Soundcloud.
Produção: Carlos Ortega, sob orientação de Luiza Glória
Publicação: Enaile Almeida, sob orientação de Hugo Rafael