Ciro Pessoa, músico fundador dos Titãs, é mais uma vítima da Covid-19
Em entrevista ao programa Noite Ilustrada, jornalista comentou alguns momentos da carreira do cantor e compositor brasileiro
O novo coronavírus segue causando perdas irreparáveis também para a cultura brasileira. Depois de Aldir Blanc, morto na última segunda-feira, 4, a doença fez mais uma vítima no campo da música: um dia depois, na terça-feira, 5, foi a vez de o músico Ciro Pessoa, um dos fundadores dos Titãs, morrer vítima da doença. Aos 62 anos, ele enfrentava um câncer e, entre idas e vindas para tratamento no hospital, contraiu a Covid-19.
Natural de São Paulo, Ciro Pessoa nasceu no ano de 1957. Seu início na música foi precoce: aos sete anos, aprendeu a tocar violão, aos 12, já tocava em festivais musicais pela cidade. Foi ainda na adolescência, no Colégio Equipe, que conheceu os amigos que, alguns anos mais tarde, formariam com ele a banda Titãs: Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Nando Reis, Marcelo Fromer, Branco Mello, Tony Bellotto e Sérgio Britto.
Ciro Pessoa não chegou a gravar nada com os Titãs, banda da qual saiu em 1983, antes do auge, por divergências criativas. Ainda assim, ajudou a compor alguns dos maiores sucessos da banda, como Sonífera Ilha, Toda Cor, Homem Primata e Babi Índio.
Cantor, compositor, guitarrista, roteirista, jornalista, escritor, ativista e poeta, Ciro Pessoa fundou ainda a banda Cabine C, antes de se dedicar à carreira solo e a participações com a banda Flying Chair. Além das inesquecíveis composições com os Titãs, Ciro deixou como legado para a música mais de 100 outras canções.
No programa Noite Ilustrada, da Rádio UFMG Educativa, o jornalista do Blog Casa Cultural Bê Franco, admirador e conhecedor da vida e obra do Ciro e também dos Titãs, falou sobre momentos da carreira do músico.
Nota musical
Na terça-feira, 5, dia da morte de Ciro Pessoa, a Rádio UFMG Educativa levou ao ar, no Em Caráter Experimental, nota musical sobre o cantor e compositor brasileiro, produzida por Célio Ribeiro. Ouça: