Oswaldo Cruz é homenageado com exposição na Medicina
Morto há um século, médico e sanitarista coordenou campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola no Rio de Janeiro
O Centro de Memória da Faculdade de Medicina da UFMG (Cememor) abriga a exposição Oswaldo Gonçalves Cruz, que homenageia o médico e sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz, morto há cem anos. A mostra é aberta ao público e pode ser visitada até 28 de fevereiro, no Corredor da Memória, no térreo da Faculdade de Medicina, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
O acervo é composto de imagens digitais e documentários de domínio público alusivos à vida e ao trabalho do sanitarista brasileiro. Segundo o curador da exposição, Alexandre Menezes, a mostra celebra a importância de Oswaldo Cruz para a medicina no Brasil e no mundo.
“Ele foi pioneiro na defesa da saúde pública mundialmente. Em 1904, já reconhecia métodos eficazes de combate a vetores. Ele cobria prédios inteiros com lonas e os enchia de fumaça para erradicar os focos de mosquitos transmissores de doenças. Além disso, Oswaldo Cruz foi um dos maiores incentivadores das vacinas, sendo importante para a erradicação de várias doenças”, diz
Pioneirismo
Nascido em 5 de agosto de 1872, em São Luiz do Piraitinga, São Paulo, Oswaldo Gonçalves Cruz se formou em 1892, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Ele foi pioneiro no estudo das moléculas tropicais e da medicina experimental no Brasil e coordenou campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola no estado do Rio de Janeiro.
O médico e sanitarista foi um dos grandes incentivadores da vacinação obrigatória, e as suas contribuições médicas e científicas foram fundamentais para o estabelecimento das atuais normas de saúde pública. Em 1900, Oswaldo Cruz fundou o Instituto Soroterápico Federal, hoje Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição de pesquisa e desenvolvimento em ciências biológicas conhecida mundialmente.