Cultura do machismo e do estupro não foi superada, afirma colunista Marlise Matos
Ato público marca o relançamento do movimento "Quem ama não mata", criado há 40 anos
Representantes da UFMG vão estar presentes nesta sexta-feira (9) no relançamento do "Quem ama não mata", em Belo Horizonte. O ato público, que recria oficialmente o movimento surgido 40 anos atrás, é para denunciar as cores da violência de gênero e a escalada de crimes cometidos por maridos e parceiros.
Se em 1976, o assassinato da mineira Leila Diniz escandalizou o Brasil, hoje as jovens negras são as maiores vítimas no país que ocupa o quinto lugar no ranking mundial de feminicídio. Na Coluna Gênero e Feminismo desta quinta-feira (8), a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (NEPEM/UFMG), Marlise Matos afirma que, passadas quatro décadas, a cultura do machismo e do estupro que naturalizam a violência contra as mulheres não foi superada.