Exposição fotográfica sobre violência política no Brasil é tema de debate na UFMG
Mesa marca lançamento do catálogo da mostra, que reúne imagens de guerras civis, revoltas e outros episódios de confronto
Nesta quinta-feira, 8, as professoras Heloisa Starling, do Departamento de História da UFMG, Ângela de Castro Gomes, da Universidade Federal Fluminense, Ângela Alonso, da USP, e a curadora Heloísa Espada vão abordar o processo de elaboração do catálogo da exposição Conflitos fotografia e violência política no Brasil 1889-1964, no auditório Nobre do Centro de Atividades Didáticas em Ciências Naturais (CAD 1), no campus Pampulha. A conversa tem início às 18h, com entrada gratuita.
A exposição, que até recentemente esteve em cartaz no Instituto Moreira Salles (IMS), no Rio de Janeiro, contradiz a imagem do Brasil como país pacífico e oferece um olhar sobre a história nacional que ajuda a compreender da atual crise política.
Com um panorama de imagens de guerras civis, revoltas e outros episódios de confronto que tiveram desfechos violentos envolvendo as Forças Armadas, Conflitos aborda o papel das imagens fotográficas nesses movimentos, seu uso político e suas formas de circulação. "A exposição procura mostrar como as fotografias cumpriram o papel de arma na disputa por opiniões, ao mesmo tempo em que apresenta um panorama heterogêneo do percurso da imagem documental ao longo de 75 anos", analisa curadora Heloísa Spada.
A mostra reúne 338 fotografias, de autores conhecidos, como Juan Gutierrez e Flávio de Barros, e de inúmeros anônimos, amadores ou profissionais, nos mais diversos suportes, formando um painel heterogêneo sobre as práticas fotográficas no Brasil. Há cópias em papel de albumina, típicas do fim do século 19, imagens projetadas, impressas sobre vidro, estereoscópios, álbuns, cartões-postais, cinejornais, impressões em papel de gelatina de prata que pertenceram à redação de jornais e imagens em movimento, originalmente captadas em Super-8.
Assista ao vídeo de divulgação da mostra: