Pesquisa e Inovação

Descoberta da UFMG pode ajudar no tratamento da dependência de cocaína

O Laboratório de Neuropsicofarmacologia identificou no cérebro de animais de laboratório um gene que apaga a memória do uso de cocaína

Fabricio mede doses das substâncias injetadas nos animais
Fabricio mede doses das substâncias injetadas nos animais Foto: Foca Lisboa/UFMG

Uma descoberta feita no Laboratório de Neuropsicofarmacologia do ICB, Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, pode ajudar no tratamento da dependência de cocaína. Os pesquisadores identificaram no cérebro de animais de laboratório um gene que apaga a memória do uso da substância. Ainda falta desvendar como se dá totalmente o funcionamento desse processo, mas as descobertas que já foram feitas podem abrir caminho para o tratamento da dependência de cocaína. Os resultados da pesquisa foram reunidos em artigo publicado recentemente no British Journal of Pharmacology, uma importante revista médica britânica.

Em entrevista para o programa Conexões o coordenador do laboratório, Fabrício Moreira falou sobre a descoberta e as possibilidades que ela inaugura no tratamento do vício em cocaína.

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O processo, cujo funcionamento ainda não foi totalmente detalhado, apagou da memória desses animais a memória do uso da droga. A descoberta, que pode servir de base para o desenvolvimento de medicamento para tratar a dependência de cocaína, foi tema de reportagem publicada no Boletim UFMG.

Além do prof. Fabrício e da prof. Daniele, também participaram da investigação os pesquisadores  Pedro Gobira, Ana Oliveira, Julia Gomes, Vivian da Silveira, Laila Asth, Juliana Bastos, Edleusa Batista, Ana Issy, Bright Okine, Antonio de Oliveira, Fabiola Ribeiro, Elaine Del Bel e David Finn.

Com produção de Gabriela Sorice, sob orientação de Hugo Rafael e Luíza Glória