'Diploma Diva Moreira' homenageia pessoas engajadas na luta contra a ditadura
Trinta personalidades mineiras vítimas da violência do Estado brasileiro receberam a homenagem, que lembrou os 60 anos do golpe militar
Pessoas que foram vítimas da violência do Estado brasileiro no período de 1964 a 1985 foram homenageadas com a entrega do Diploma Diva Moreira para pessoas que lutam e lutaram pela democracia no Brasil, em cerimônia realizada na quinta-feira, dia 20 de junho, no auditório da Faculdade de Direito da UFMG. A solenidade contou com a participação da professora Maria Guiomar Frota, diretora da Universidade dos Direitos Humanos (UDH), vinculada à Pró-reitoria de Extensão (Proex), que representou a reitora Sandra Regina Goulart Almeida.
Foram homenageadas 30 personalidades mineiras, como Ângelo Giardini Oliveira, Célia Xacriabá, Clodesmidt Riani (in memoriam), Conceição Imaculada de Oliveira, Dilma Vana Rousseff, Diva Moreira, Helena Greco (in memoriam), Idalísio Soares Aranha Filho (in memoriam), Irany Campos (técnico administrativo em educação aposentado da UFMG), Maria Beatriz Ramos de Vasconcellos Coelho (Mana Coelho), Nilmário Miranda e Walkíria Afonso Costa (in memoriam).
O diploma é uma iniciativa do Conselho Estadual de Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh) em parceria com o Grupo de Trabalho sobre os 60 anos do golpe militar. Os diplomas foram entregues pelo chefe da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade, Nilmário Miranda, pelo presidente do Conedh, Robson Sávio, pela vice-diretora da Faculdade de Direito da UFMG, Mônica Sette Lopes, pela deputada estadual Beatriz Cerqueira e pela própria Diva Moreira.
Diva Moreira
O diploma é uma homenagem à ativista homônima, cientista política e intelectual negra de destaque na defesa dos valores democráticos e dos direitos das minorias. Diva Moreira é natural de Bocaiúva, Minas Gerais, com trajetória marcada pela luta antirracista, pela participação na reforma sanitária e na luta antimanicomial nos anos 1970 e pelo engajamento pela redemocratização do Brasil. No final dos anos 1980, fundou a Casa Dandara, centro de educação e cultura dedicado à população negra de Belo Horizonte.