Um dos mais consagrados cineastas modernos, Béla Tarr nasceu na Hungria, no ano de 1955, e cresceu na capital do país, Budapeste. Com os pais já envolvidos no cinema e no teatro, ele começou a filmar ainda bem jovem, com apenas 16 anos. Seu primeiro longa, intitulado Ninho Familiar, foi rodado quando tinha 22 anos, e se manteve bastante fiel à Escola de Budapeste, com o estilo documentário popular, que buscava preservar o realismo social na tela.
Hoje, com mais de 40 anos de carreira e tendo produzido oito curtas e dez longa-metragens, o diretor Béla Tarr segue a mesma linha em sua carreira, tomando como temática central o cotidiano de pessoas socialmente desfavorecidas, principalmente as que vivem nos pequenos vilarejos húngaros.  Em cada um dos planos sequência do diretor, que duram de seis a sete minutos, é possível reconhecer algo de sombrio, indecifrável, inerte e desolado, que aparece por meio do uso do preto e branco e de imagens abstratas, cenários onde quase nada acontece com os personagens.
Os maiores clássicos do diretor são o épico Sátántangó, com mais de sete horas de duração, e sua última produção, O Cavalo de Turim, inspirada em Nietzsche. Após o lançamento desse filme, Béla Tarr encerrou sua carreira, em 2011, alegando não ter mais contribuições para dar, já que tudo o que ele queria expressar estaria reunido nesse último longa.
A realizadora e pesquisadora de cinema, Lídia Mello, autora do livro 'Do cinema de Béla Tarr', conversou com o programa Noite Ilustrada, da rádio UFMG Educativa, nesta sexta-feira, 10.

O lançamento do livro 'Do cinema de Béla Tarr' será na próxima terça-feira, 14, na Livraria Ouvidor - rua Fernandes Tourinho, 253, Savassi. Mais informações você encontra no site livrariaouvidor.com.br.