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'É a decadência do partido e a negação de sua origem​', comenta Ranulfo sobre racha no PSDB

Nesta semana, Aécio Neves destituiu Tasso Jereissati da presidência e criou nova instabilidade no PSDB

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Tasso e Aécio: racha entre tucanos
Equipe Aécio Neves | George Gianni 

O presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves, decidiu destituir Tasso Jereissati da presidência interina do partido. O senador justificou dizendo que queria garantir mais isonomia à disputa da presidência da legenda, em que Jereissati concorre contra Marconi Perillo. Com o movimento de Aécio, o PSDB volta se aproximar do governo Michel Temer, mas provoca um racha interno entre seus membros.

"O PSDB nasceu como crítica ao governo fisiológico do PMDB de Sarney. E, agora, a gente vê uma ala do PSDB fazendo de tudo para ficar em um governo que além de fisiológico é corrupto. É a decadência do partido e a negação de sua origem", comenta Carlos Ranulfo, pesquisador do Centro de Estudos Legislativos da UFMG, na Coluna de Política do Jornal UFMG desta sexta-feira, 10.

Para Ranulfo, a aproximação do PSDB com Temer está relacionada às eleições de 2018. "Falta uma figura capaz de apaziguar o partido. O PSDB já enfrenta um grande desgaste em função do apoio ao governo Temer. O PSDB posou de paladino da moralidade contra o PT para depois o Aécio ser desmascarado da forma que foi", avalia.

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Coluna veiculada no Jornal UFMG desta sexta-feira, 10 de novembro de 2017.