Pesquisa e Inovação

E-book aborda relação entre psicometria computacional e Inteligência Artificial

Capítulo assinado por pesquisador do INCT em Neurotecnologia Responsável, sediado na Faculdade de Medicina, apresenta abordagem mais precisa para interpretar características psicológicas

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Um dos fractais é voltado para o registro do atual estágio da psicometria computacional, mostrando seus últimos avanços, sua confiabilidade e precisão Divulgação

Com a proposta de reunir o que há de mais atual no campo dos transtornos do desenvolvimento, a editora Cesmac acaba de lançar o livro Ciências do Desenvolvimento Humano: Produção de conhecimento e impactos de pesquisas em psicologia, saúde e educação, disponível para download gratuito

Assinado pelo professor Alexandre Luiz de Oliveira Serpa, que é pesquisador do INCT Neurotecnologia Responsável – rede de pesquisa nacional sediada no Centro de Tecnologia em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da UFMG –, um dos capítulos registra o atual estágio da psicometria computacional, demostrando seus últimos avanços, confiabilidade e precisão. 

“Trata-se de um conjunto de métodos que possibilitam testar, de modo prático, concepções teóricas mais complexas. Isso viabiliza a produção de informações com propriedades psicométricas adequadas para oferecer suporte ao processo de tomada de decisões do profissional que pretende usar a informação de forma objetiva”, afirma Alexandre Serpa.

Segundo o professor, ao analisar dados fisiológicos e comportamentais, a psicometria computacional pode aprimorar ferramentas de diagnóstico e personalizar tratamentos. "Na educação, o uso desse conjunto de técnicas possibilita criar sistemas de aprendizagem adaptativa, que ajustam conteúdo e ritmo de ensino às necessidades individuais dos alunos. Desse modo, pode contribuir para além de soluções de abordagens médicas e psicológicas, alcançado outras áreas e profissões, como fonoaudiologia e pedagogia". 

O cientista destaca que é importante se atentar aos desafios éticos e técnicos associados a essa tecnologia, especialmente a privacidade dos dados, a prevenção de vieses nos algoritmos e a acessibilidade universal. Para ele, o conceito de Pesquisa e Inovação Responsáveis (PIR) é de extrema relevância para guiar a aplicação ética de novas tecnologias. “Inclusão, antecipação de riscos e responsabilidade social, entre os demais princípios propostos pelo PIR, podem beneficiar a sociedade e fazer avançar as práticas científicas de forma mais transparente e mais colaborativa”, afirma Alexandre Serpa.

Processos mais assertivos
Na psicometria, são usadas técnicas matemáticas e estatísticas para avaliar dados comportamentais e mentais e relacionar respostas ou padrões de respostas com amostras de comportamento.

Sua vertente computacional vai além. Usando técnicas e algoritmos de inteligência artificial, essa abordagem consegue aprimorar a precisão e a acessibilidade das análises. Conhecer melhor esse desempenho facilita o desenvolvimento de processos mais assertivos para a interpretação de informações de saúde mental, como depressão e ansiedade. Conjugadas com exames e observação clínica, essas informações podem ajudar a aprimorar o processo de diagnóstico e de tomada de decisão de psiquiatras, neurologistas e pediatras.

Com Assessoria do Centro de Tecnologia em Medicina Molecular (CTMM)