Arte e Cultura

Em livro, professora da UFMG analisa cultura arquitetônico-urbanística na América Latina

Obra mostra que os debates na área, nos anos 80 e 90, se dividiam entre a defesa de uma identidade própria e a retomada do interesse pela cidade existente

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Capa de publicação especializada de 1985
Reprodução

Os Seminários de Arquitetura Latino-americana (SAL) tiveram sua primeira edição em 1985 e continuam ocorrendo, com frequência bienal. O quarto evento da série, realizado em 1991, em Santiago do Chile, tinha o objetivo de definir uma pauta comum para as intervenções em cidades do subcontinente. No livro Tessituras híbridas: encontros latino-americanos em arquitetura e o retorno à cidade, que inaugura o selo Incipit, da Editora UFMG, a professora Gisela Barcellos de Souza, da Escola de Arquitetura, mostra que o encontro foi marcado pelo entrelaçamento, na cultura disciplinar regional, de dois debates de matrizes conceituais distintas na revisão do Movimento Moderno, de meados dos anos 1980 ao início da década seguinte.

“Um deles está relacionado à construção de uma identidade latino-americana; o outro, à retomada do interesse pela cidade existente, por parte dos arquitetos-urbanistas, com base nos aportes da tipo-morfologia, que é a relação entre os tipos de edificação e as formas urbanas”, diz a professora, que reproduz, no volume recém-lançado, tese de doutorado defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

O livro é abordado em reportagem publicada na edição 2.076 do Boletim UFMG.