Depois de um ano de pandemia de covid-19, o Brasil vive um momento de extrema gravidade, com elevada incidência de casos, circulação de novas variantes e recordes diários de óbitos. Nos últimos 12 meses, a UFMG trabalhou incansavelmente no enfrentamento do novo coronavírus e desenvolveu mais de duas centenas de pesquisas e atividades de extensão para mitigar os efeitos sanitários, sociais e econômicos da crise.

Um panorama desse esforço será apresentado pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e pelo pró-reitor adjunto de Pesquisa, André Massensini, na primeira edição do UFMG Talks em casa em 2021. O evento será realizado nesta quarta-feira, dia 31, a partir das 19h, com transmissão no canal da TV UFMG no YouTube e na página da UFMG no Facebook. Após a apresentação, os convidados responderão a perguntas enviadas pelo público.

Pesquisadores de diversas áreas do conhecimento estão envolvidos em várias frentes: desenvolvimento de vacinas e de testes avançados e de baixo custo, realização de diagnósticos por RT-PCR, estudos de reposicionamento e de novos medicamentos e terapias, novas tecnologias para neutralização do vírus e avaliação dos impactos da pandemia sobre os seres humanos, a sociabilidade, a economia, o meio ambiente, a política e a cultura. Relatório produzido em março traz uma síntese dessa produção.

“Foi um ano de luta e luto”, resume a reitora Sandra Goulart Almeida, ao se referir ao trabalho intenso e à perda de mais de 300 mil vidas para o coronavírus. Segundo ela, a UFMG mobilizou sua comunidade de pesquisadores e empreendeu um grande esforço coletivo interinstitucional. “Estabelecemos parcerias com diversas instituições, com o poder público e com a sociedade de um modo geral”, afirma. “Trabalhamos com um orçamento bem aquém das nossas necessidades, mas ainda assim conseguimos ótimos resultados em várias frentes graças ao trabalho incansável de toda a comunidade da UFMG, reconhecido pela sociedade mineira e brasileira”, acrescenta a reitora.

Testes, medicamentos e variantes
Em sua exposição, o pró-reitor adjunto de Pesquisa, André Massensini, falará sobre a inserção da UFMG na Rede Vírus, criada logo no início da pandemia pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Um dos projetos dessa rede é o de laboratórios de campanha, que estão sob a coordenação da UFMG. A iniciativa oferece suporte à realização de testes de diagnóstico molecular por RT-PCR. “O objetivo era ampliar a rede de testagem, e 13 universidades foram mobilizadas em diferentes regiões do país. Ao longo desse período, só a UFMG já processou mais de 110 mil testes”, informa o professor.

Massensini acrescenta que, em menos de um ano de atividade, o leque de atividades dos laboratórios de campanha aumentou significativamente. “Estamos desenvolvendo outros métodos de diagnóstico, mapeando novas variantes do coronavírus no Brasil, a começar por Minas Gerais, e até testando medicamentos que podem ser usados para o tratamento da covid-19”, enumera o pró-reitor.

No vídeo a seguir, a TV UFMG também faz um balanço das principais ações de enfrentamento da pandemia.

Sobre o projeto
Da arte à física quântica. Das vacinas aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Das manifestações culturais à neurociência. Dos estudos sobre criminalidade à inteligência artificial. Esses e outros temas ganham visibilidade no UFMG Talks, espaço aberto para discutir a ciência e as pesquisas realizadas na UFMG, que contribuem para o desenvolvimento da sociedade não apenas sob o ponto de vista econômico, mas também sob a perspectiva da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida.

Uma vez por mês, pesquisadores da UFMG apresentam suas pesquisas em um diálogo acessível que aproxima o público das principais discussões científicas. Em 2021, o bate-papo será realizado sempre na última semana do mês.  

O UFMG Talks é uma iniciativa da Pró-reitoria de Pesquisa (PRPq) em parceria com o Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG, com apoio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).