As chuvas que arrasaram a Região Metropolitana de Belo Horizonte nos meses de janeiro e fevereiro trouxeram à tona um debate que mobiliza especialistas há algumas décadas, mas que permanecia adormecido pelo poder público: as consequências trágicas da canalização dos rios que cortam nossa cidade.

Durante o desenvolvimento de Belo Horizonte e em seu crescimento acelerado, vários cursos d’água que atravessavam a cidade foram canalizados, principalmente para aumentar as vias de transporte. De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento de Belo Horizonte, dos 654 quilômetros de rios que passam pelo município, 208 estão escondidos embaixo de ruas, avenidas e construções, e a situação se agravou bastante com as diversas obras realizadas na última década.

Motivadas por esses últimos acontecimentos, cerca de 20 entidades de diversas áreas – como arquitetura e urbanismo, mobilidade urbana e saneamento – apresentaram nessa segunda-feira, 17, dez propostas para lidar com as enchentes na cidade. Os temas contemplados são drenagem urbana, proteção de encostas, tratamento de cursos d’água, priorização do transporte coletivo e políticas de moradia.

O integrante do Movimento Nossa BH Guilherme Tampieri falou sobre as propostas apresentadas, em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 18.