Entidades lançam Pacto pela Vida e pelo Brasil
SBPC e ABC são signatárias do manifesto, que pede o ‘exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da dignidade humana’, para vencer a crise
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns (Comissão Arns), a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) lançaram nesta terça-feira, dia 7, o Pacto pela Vida e pelo Brasil, no qual defendem que a pandemia do novo coronavírus, que se espalha pelo Brasil, “exige a disciplina do isolamento social, com a superação de medos e incertezas”.
“O isolamento se impõe como único meio de desacelerar a transmissão do vírus e seu contágio, preservando a capacidade de ação dos sistemas de saúde e dando tempo para a implementação de políticas públicas de proteção social. Devemos, pois, repudiar discursos que desacreditem a eficácia dessa estratégia, colocando em risco a saúde e a sobrevivência do povo brasileiro. Em contrapartida, devemos apoiar e seguir as orientações dos organismos nacionais de saúde, como o Ministério da Saúde, e dos internacionais, a começar pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”, escrevem os líderes dessas entidades no manifesto.
As lideranças das seis organizações lembram, no documento, que os países democráticos atingidos pela Covid-19 estão construindo agendas e políticas para combatê-la de acordo com suas características, “mas todos, sem exceção, na colaboração estreita entre sociedade civil e classe política, entre agentes econômicos, pesquisadores e empreendedores, convencidos de que a conjugação de crise epidemiológica e crise econômica assume tal magnitude, que só um amplo diálogo pode levar à sua resolução". E acrescentam: “É hora de entrar em cena no Brasil o coro dos lúcidos, fazendo valer a opção por escolhas científicas, políticas e modelos sociais que coloquem o mundo e a nossa sociedade em um tempo, de fato, novo”.
A íntegra do documento, que foi publicado na edição de hoje do jornal Valor Econômico, também está disponível em formato PDF.