Equipe de Barbacena testa farinha da casca de banana para remover metais pesados da água
O uso de materiais orgânicos pode contribuir decididamente para a limpeza da água contaminada por metais pesados. Essa é a proposta do projeto Eliminação de metais pesados na água por biossorção, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (campus Barbacena), um dos 50 trabalhos apresentados na 17ª UFMG Jovem.
“Nosso grupo buscou metodologias já existentes, e a melhor delas foi o uso da farinha da casca de banana que contém uma substância chamada pectina que é responsável por remover essas substâncias da água. Fomos para o laboratório, testamos as metodologias, e o resultado foi bem satisfatório. Conseguimos comprovar que o metal, no caso o manganês, acaba retido na casca de banana, e água volta a ficar cristalina”, diz Luíza Farias, aluna envolvida no projeto.
Produção leiteira
Outro projeto em exposição é o Uso das leguminosas na minimização do problema de queda na produção de leite nos meses de seca, da Escola Estadual Américo Lopes de Eugenópolis, na Zona da Mata Mineira. A ideia é buscar alternativas nas leguminosas para aumentar a produção leiteira de pequenos produtores rurais. O orientador do projeto, Fernando Furtado, destaca a amplitude dos saberes que os alunos adquirem durante a pesquisa, alcançando conceitos relacionados à anatomia de animais e conhecimento nutricional.
“A importância da feira é, em primeiro lugar, trazer os alunos de uma cidade pequena para conhecer a Universidade. Também é importante correlacionar o ensino da vida na comunidade com o conteúdo aprendido na sala de aula. Para eles, é algo muito grande e esperamos que haja um reflexo na formação”, afirma o professor Furtado.
Segurança residencial
Na edição deste ano, o Colégio Técnico da UFMG apresentou o projeto Desenvolvimento de uma trava eletromecânica para segurança residencial acionada por dispositivo remoto. Rúbia Gonçalves, integrante do grupo, destacou a importância da feira em sua formação. “Uma das coisas que aprendemos foi trabalhar em equipe, buscar ajuda de outras pessoas, uma só pessoa não conseguiria fazer todo o trabalho", afirmou.
Os trabalhos serão expostos até este sábado, 17 de setembro, na Praça de Serviços, campus Pampulha. Eles foram desenvolvidos por jovens que tiveram na escola o primeiro contato com métodos científicos. Há projetos oriundos de 12 municípios mineiros: Barbacena, Betim, Contagem, Eugenópolis, Fortuna de Minas, Ipatinga, Ituiutaba, Lagoa Santa, Porteirinha, Prudente de Morais, Sabará e Santa Luzia.