Espaço do Conhecimento UFMG celebra 10 anos e amplia seu alcance
Programação de aniversário, de 9 a 12 de dezembro, inclui lives, lançamento de documentário e mostra sobre relação da Universidade com a cidade
Nesta quarta-feira, 9 de dezembro, o Espaço do Conhecimento UFMG abre as comemorações de sua primeira década de existência com uma conversa sobre o futuro da ciência e da arte e o papel dos museus. A escolha do tema foi mais que natural, porque, nesses dez anos, o Espaço se consolidou como um projeto bem-sucedido dedicado à difusão de saberes diversos para um público que se amplia cada vez mais e que é estimulado a interagir com o conhecimento de forma crítica.
Inaugurado em 21 de março de 2010, o Espaço do Conhecimento foi o primeiro equipamento do circuito cultural da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Sua programação inclui exposições, cursos, oficinas, apresentações de arte e cultura, palestras e sessões de observação do céu, no planetário e no terraço. Fruto de parceria entre a UFMG e o Governo de Minas, o museu está vinculado à Diretoria de Ação Cultural (DAC) da Universidade, é amparado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem apoio da Prefeitura de Belo Horizonte e é patrocinado, há quatro anos, pelo Instituto Unimed-BH. Desde 2017, contou, para projetos específicos, com recursos da Petrobras, da Cemig e do BDMG Cultural.
Para celebrar os 10 anos de história, foi preparada uma programação que seguirá até o sábado 12, no canal do Espaço no YouTube e na fachada digital do prédio. Após a live de abertura das comemorações, com início às 17h do dia 9, a professora Patricia Kauark, do Departamento de Filosofia da Fafich-UFMG, e o filósofo e curador português Paulo Pires do Vale vão expor seus pontos de vista sobre ciência, arte e museus.
Na quinta, dia 10, terá início uma série de lives (no YouTube) e projeções (na fachada) sobre astronomia, Guimarães Rosa e alteridade no sertão, a história das exposições e das ações educativas que o Espaço promoveu. Haverá ainda o lançamento do documentário Inconfidências e a abertura da exposição Universidade cidade: gestos, afetos e manifestos de urbanidade.
Pluralidade
"Podemos dizer que, do ponto de vista conceitual, o Espaço do Conhecimento representa o futuro da universidade pública, que precisa ser cada vez mais o lugar da pluralidade epistemológica, do encontro entre o conhecimento produzido na academia e outros saberes, como os tradicionais e comunitários”, afirma o diretor de Ação Cultural da UFMG, Fernando Mencarelli. Segundo ele, o próprio caminho construído pelo museu nesses dez anos ajuda a conformar um projeto de universidade cuja ambição seja aliar ciência e cultura e atingir um público cada vez maior.
Há quase três anos sob a direção da professora Diomira Maria Faria, do curso de Turismo do Instituto de Geociências, o Espaço do Conhecimento tem sua estratégia concebida por um conselho científico-cultural e se divide em núcleos dedicados a expografia, audiovisual, astronomia, ações educativas e acessibilidade, comunicação e design, produção, administração e secretaria. Professores da UFMG coordenam as atividades com o suporte de profissionais, bolsistas e estagiários.
“Contamos com uma equipe jovem, motivada e antenada, capaz de inovar constantemente para transformar a linguagem acadêmica, que não é fácil, em conteúdos para exposições, mostras, oficinas educativas, vídeos, levando informação de qualidade a diferentes públicos”, afirma Diomira. O engajamento da equipe foi fundamental, segundo a diretora, para conduzir o Espaço ao ambiente virtual, nos últimos meses. A exposição temporária Mundos indígenas ganhou vídeos no site do museu, sessões de astronomia foram adaptadas, e uma mostra foi criada em plena pandemia, com base na ideia de “janelas” físicas e virtuais e da interação com os centros culturais das administrações regionais de Belo Horizonte. Haverá atividades on-line, projeções em prédios espalhados pela cidade e na fachada digital do Espaço do Conhecimento.
“Nosso compromisso é semear ciência para a formação de cidadãos. O contato com o conhecimento produzido pela Universidade muda a perspectiva de mundo”, diz Diomira Faria. Ela anuncia para o segundo semestre de 2021 uma exposição baseada na vida e na obra de Guimarães Rosa. Professores e projetos de várias unidades acadêmicas vão mostrar como Minas Gerais é retratada pelo autor de Grande sertão: veredas e como “o sertão pode estar em qualquer lugar do mundo”.
Público multiplicado
Em 2019, o Espaço recebeu perto de 70 mil pessoas e teve 140 mil visitantes e seguidores no site e nas redes sociais. Em 2020, foram 20 mil pessoas de janeiro a março, antes do fechamento provocado pela pandemia, e quase 260 mil seguidores virtuais, até novembro. Quando o quadro da covid-19 permitir a reabertura do museu, voltarão visitantes avulsos e turmas de escolas, de BH e de outras cidades da região metropolitana. Segundo a diretora, a intensa experiência on-line será aproveitada no futuro para proporcionar acesso a pessoas de outras regiões de Minas, outros estados e países.
Na estrutura da Universidade, o Espaço conta com o apoio das Pró-reitorias de Extensão, Pesquisa e Administração, da Diretoria de Cooperação Institucional (Copi), do Centro de Comunicação (Cedecom), do Cecom e do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI).
Conheça a programação de aniversário, que é gratuita e livre para todas as faixas de idade. Detalhes estão disponíveis no site da celebração.
9 | quarta
17h – Live de abertura
18h30 – Live O futuro da ciência e da arte: o papel dos museus
10 | quinta
17h – Live Descobrindo o céu – Especial 10 anos do Espaço
18h30 – Live do Clube do Livro Guimarães Rosa: Liqueliques e berliquesloques: a alteridade no sertão
19h30 – Projeção Arte e ciência em percursos expositivos: 10 anos do Espaço do Conhecimento UFMG, na fachada digital
11 | sexta
17h – Live 10 anos de ações educativas no Espaço do Conhecimento UFMG
18h30 – Estreia do documentário Inconfidências
19h30 – Roda de conversa sobre o documentário Inconfidências
19h30 e 20h30 – Projeção Arte e ciência em percursos expositivos: 10 anos do Espaço do Conhecimento UFMG, na fachada digital
12 | sábado
18h – Live de abertura da mostra Universidade cidade: gestos, afetos e manifestos de urbanidade
19h – Vídeo Poesia no Espaço
19h30 – Projeções da mostra Universidade cidade, na Fachada Digital e no site da exposição
Todas as lives serão transmitidas pelo canal do Espaço no YouTube.