Pesquisa e Inovação

Estudo da Medicina revela crescimento da polifarmácia em Minas

Consumo de cinco ou mais medicamentos é cada vez mais comum antes da terceira idade

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O consumo de medicamentos tem crescido em Minas Gerais e alcançado pessoas mais jovens. É o que mostra pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina com usuários da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o estudo, desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública, 82% das pessoas entrevistadas utilizaram ao menos um medicamento nos 30 dias anteriores ao levantamento. Desses, 14% consumiram cinco ou mais medicamentos, o que configura a polifarmácia.

Se essa prática ainda é mais comum entre pessoas idosas, devido à maior fragilidade fisiológica e clínica, já não é mais exclusiva dessa faixa etária. O estudo identificou que 16,6% dos adultos com idade acima dos 45 anos consomem cinco ou mais medicamentos. Apesar de as doenças crônicas – principais responsáveis pela polifarmácia – serem mais prevalentes entre os idosos, “observamos que elas estão, cada vez mais, ocorrendo mais cedo devido aos hábitos de vida da população”, comenta a autora da pesquisa, Thaís de Abreu Moreira.

Ela explica que a dissertação identificou seis doenças crônicas não transmissíveis associadas à polifarmácia. Acidente vascular cerebral (AVC) foi a que apresentou ligação mais forte, seguida de diabetes. 

O assunto é tratado na edição 2.055 do Boletim UFMG.