Evento no IGC marca os dois anos do ‘desastre-crime’ de Mariana
Programação inclui exposição, debate e exibição de documentário feito por estudantes
Na próxima segunda-feira (20), às 19h, terá início o evento Desastre-Crime na Bacia do Rio Doce: dois anos de violações, incertezas e resistências, no auditório do Instituto de Geociências (IGC), campus Pampulha. Na abertura, às 19h, será exibido um documentário sobre consequências do rompimento da Barragem do Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana. A programação conta ainda com debate e exposição.
Uma exposição composta de cartazes e depoimentos coletados por estudantes em trabalho de campo estará montada até o dia 25 deste mês, na Praça de Serviços do campus Pampulha. “A mostra narra o sofrimento, as incertezas e as lutas das comunidades atingidas entre Minas Gerais e Espírito Santo. Reúne trabalhos de alunos e grupos de pesquisa da UFMG, além de fotografias da equipe do Jornal A Sirene, importante voz de resistência em Mariana e Barra Longa”, explica uma das organizadoras do evento, a doutoranda em Geografia Claudia Orduz Rojas.
No dia 21, às 17h, a sala 2096 da Fafich vai abrigar o Café Socioambiental, roda de conversa organizada por alunos da graduação em Ciências Socioambientais, com a participação envolvendo uma integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Rotina de violências
Com roteiro e direção das estudantes de Jornalismo Daniela Felix, Larissa Oliveira e Miriã Bonifácio, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), o curta-metragem AtingidAs revela o dia a dia de três mulheres cujas casas foram destruídas pelos rejeitos de mineração. O documentário mostra os medos e tensões que marcam a rotina de Maria do Carmo, Marlene e Maria Aparecida e também denuncia as violências sofridas por essas mulheres ao longo dos últimos dois anos.
A programação é apoiada pelo Participa UFMG – programa vinculado à Pró-reitoria de Extensão que reúne grupos de ensino, pesquisa e extensão com o objetivo de articular iniciativas de diversas áreas com atuação na região – e pelo Observatório Interinstitucional do Desastre Mariana-Rio Doce.