Aos 17 anos, Yara Tupynambá Gordilho Santos começava em seu primeiro emprego em datilografia. Paralelamente, a menina que se tornaria uma das mais reconhecidas muralistas e artistas mineiras usava o tempo livre para desenhar. Ela estudou arte com Guignard, gravura com Misabel Pedrosa e se especializou em ilustração e xilogravura com Oswald Goeldi. Foi na UFMG que Yara se graduou em Artes Visuais, lecionou disciplinas na Escola de Belas Artes e também foi diretora da unidade. 

Entre os temas de suas obras, estão as manifestações culturais do interior mineiro, como congados, cavalhadas e violeiros. Outro tema constante em suas obras é a natureza: as observações dos jardins de sua casa e de outros espaços e biomas característicos do nosso estado, como o Parque Municipal, os jardins do Inhotim e as vegetações do Cerrado na Serra do Cipó e da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce e no Vale do Tripuí.

Agora, parte de seu acervo fará parte da exposição Yara Tupynambá – 70 anos de carreira, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Belo Horizonte. A mostra reúne 74 obras, de diferentes fases da carreira da artista, com temática relativa ao meio ambiente, reunindo alguns de seus mais importantes painéis. Também integra a exposição uma série inédita sobre o Parque Municipal e sobre os jardins da casa da artista.

Nesta terça-feira, 23, o programa Noite Ilustrada, da Rádio UFMG Educativa, levou ao ar entrevista com Yara Tupynambá, que falou sobre a exposição e sobre sua carreira.

Produção: Isadora Oliveira e Maron Filho, sob orientação de Luiza Glória e Hugo Rafael
Publicação: Alexandre Miranda