'Expresso 104,5' traz discussão sobre racismo e saúde mental no reality show Big Brother Brasil
A psicóloga social e doutoranda em estudos psicanalíticos pela UFMG, Thalita Rodrigues, analisou casos de abuso psicológico, racismo e cancelamento no BBB 21
A edição deste ano do reality show Big Brother Brasil tem sido um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nas últimas semanas, porém por questões diferentes do que nos acostumamos a ver em anos anteriores. A 21ª edição do programa tem sido constantemente acusada de deixar de ser entretenimento e exibir situações constantes de abuso psicológico entre os participantes. O caso mais expressivo até agora foi o do participante Lucas Penteado que, após passar por repetidas situações de humilhação e exclusão, pediu para deixar o programa.
A discussão sobre racismo também tem sido um tema central nesta edição dentro e fora da casa. O BBB 21 foi celebrado como a edição com o maior numero de participantes negros e negras, e segue novamente o formato do ano passado de misturar participantes famosos e anônimos. Porém parte do elenco tem demonstrado atitudes vistas como discriminatórias, violentas, autoritárias e abusivas.
A repercussão negativa tem levado à críticas, ataques e ao cancelamento desses participantes nas redes sociais, e já causa danos à carreira deles fora do programa. O maior exemplo é o da cantora Karol Conka, que teve participações em festivais e um programa de TV cancelados, e vem sendo criticada por fãs e colegas de profissão.
Para falar sobre abuso psicológico, racismo e a “cultura do cancelamento” nas polêmicas Big Brother Brasil 21, o programa Expresso 104,5 recebeu a psicologia social, doutoranda em estudos psicanalíticos pela UFMG e coordenadora da Comissão de Psicologia e Relações Étnico-raciais do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais, Thalita Rodrigues.
Produção: Filipe Sartoreto
Publicação: Alexandre Miranda, sob orientação de Hugo Rafael