A grande atração de hoje no Festival de Inverno é o show Oferenda, da jovem e premiada pianista Luísa Mitre, que fará na Universidade um pré-lançamento de seu primeiro disco autoral, previsto para ser lançado no início de agosto. No show, que será apresentado às 18h, no auditório da Reitoria, Luísa executa composições instrumentais autorais que exploram gêneros como samba de roda, maracatu, choro e baião, em arranjos elaborados para quinteto.

O show contará com a participação de Natália Mitre no vibrafone, Camila Rocha no baixo, Marcela Nunes na flauta e Paulo Fróis na bateria, músicos que formam um quinteto constante com Luísa. A musicista fez sua graduação e seu mestrado na Escola de Música da UFMG, sempre com foco no piano: graduou-se em música popular em 2013 e tornou-se mestre em performance musical em 2017.

“Na graduação, fiz meia habilitação em piano erudito e, no meio do curso, mudei para o bacharelado em música popular, sempre com foco no piano”, explica a musicista. De alguma forma, essa formação ajuda a compreender a especificidade de suas composições, que parecem transitar entre a música de concerto e a música popular brasileira. No mestrado, Luísa estudou pianistas brasileiros, com foco no choro.

Nesta semana, ao compartilhar uma matéria do jornal Estado de Minas que destaca seu show e a lembra como uma “cria da UFMG”, a pianista escreveu em seu Facebook: “É sempre uma alegria voltar à UFMG, lugar onde aprendi tanto, convivi com tantos mestres e fiz amigos queridos, que se tornaram colegas de profissão! Fico mais feliz ainda de poder tocar e mostrar meu trabalho, fruto do que aprendi lá!”

O show de Luísa será apresentado às 18h no auditório da Reitoria e tem entrada franca, assim como todas as atividades do Festival de Inverno da UFMG. O auditório da Reitoria conta com 270 lugares. Confira, no Youtube da artista, a canção Oferenda, que dá nome ao disco:

Arte à mostra
Duas exposições estão em cartaz no 50º Festival de Inverno da UFMG. No Centro Cultural, o professor da Escola de Belas Artes Fabrício Fernandino traz a mostra Festival de Inverno da UFMG: 50 anos de arte, cultura e conhecimento, que reúne cartazes de edições passadas do evento, além de outros objetos e documentos históricos, como matérias jornalísticas, fotografias e vídeo-documentários.

Já no saguão da Reitoria, no campus Pampulha, a professora da Escola de Belas Artes Lucia Gouvêa Pimentel está apresentando 97 obras do gravador Clébio Maduro, um dos mais importantes nomes da gravura no Brasil. Maduro, que é também professor da Escola de Belas Artes, ensina na Universidade os processos de produção de sua modalidade artística.

Na mostra Clébio Maduro: obra gráfica, Lucia dividiu as obras de Maduro em duas categorias, uma ilustrando diversas formas de desastres, e a outra, paisagens de cidades históricas. Para a curadora, o convite do Festival surgiu como uma oportunidade de projetar o legado de um artista reconhecido internacionalmente.

“Maduro tem uma rica história de formação de ilustradores, tanto na Escola de Belas Artes como durante outras edições do Festival. A mostra de gravuras, embora não seja uma modalidade muito popular, é de extrema importância”, destacou.

As obras reunidas na exposição vieram sendo produzidas pelo gravador desde a década de 1980. Abaixo, é possível assistir à entrevista que Clébio Maduro ofereceu, em seu ateliê, à TV UFMG, ocasião em que pôde mostrar um pouco de seu processo produtivo e reportar a sua trajetória e formação.

O prédio da Reitoria fica no campus Pampulha, na Avenida Antônio Carlos, 6.627. A exposição Clébio Maduro: obra gráfica fica em cartaz até 26 de outubro e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

O Centro Cultural UFMG, por sua vez, fica na Avenida Santos Dumont, 174, Centro. Nele, a exposição Festival de Inverno da UFMG: 50 anos de arte, cultura e conhecimento pode ser visitada até 31 de agosto, de terça a sexta, das 10h às 21h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h. A visita a ambas as exposições é gratuita.

Para todas as idades
Paralelamente às atividades artísticas, as quatro oficinas desta edição seguem a toda no campus Pampulha – a começar pela Escola de Música, onde uma atividade para jovens os está levando a descobrir possibilidades de se produzir e compreender a música por meio do próprio corpo.

No Centro Pedagógico, por sua vez, grupos de crianças de cinco a oito anos e de nove a 13 anos estão participando de atividades em que aprendem a fazer brinquedos e descobrindo o encanto que os livros e suas histórias podem despertar em quem se permite ser tocado por eles. Confira no vídeo acima, produzido pela TV UFMG.

Já na Escola de Belas Artes, são os idosos que estão desenvolvendo suas habilidades artísticas. Nesta oficina, os mais velhos estão sendo levados a descobrir novas possibilidades de diálogo com o mundo, em modalidades artísticas como a música, a dança, a poesia e as artes visuais.

Acima, entrevista que a Rádio UFMG Educativa fez com o artista Gil Amancio, que ministra a oficina para a terceira idade. Abaixo, entrevista com o músico Kristoff Silva, que ministra a oficina para a juventude.

O 50º Festival de Inverno da UFMG é uma realização da Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG. Mais detalhes sobre os eventos desta edição podem ser conferidos no site do evento. Toda a programação do Festival é gratuita.