Festival de Verão invade o 'baixo centro' de Belo Horizonte
Evento que será realizado na primeira semana de fevereiro fortalece a perspectiva da cidade como território cultural
Foi dada a largada para a edição 2020 do Festival de Verão da UFMG, evento que neste ano ocorre de 3 a 6 de fevereiro no Centro Cultural da Universidade e no Centro de Referência da Juventude (CRJ), ambos no chamado "baixo centro" de Belo Horizonte, com programação 100% gratuita.
Abertas nesta quinta-feira, as inscrições para as nove oficinas do Festival podem ser feitas até dia 2 de fevereiro, véspera do evento, por meio da plataforma Sympla. As vagas são limitadas e haverá lista de espera. As oficinas tratam de temas como poesia marginal, teatro político, cozinha afetiva, deriva urbana, fotografia em celular, enfrentamento ao racismo, emancipação sensível por meio da dança – e, como não podia deixar de ser, o carnaval.
Duas oficinas têm a maior festa popular do Brasil como tema. Em uma delas, os participantes vão fazer e tocar instrumentos como tambor de lata, ganzá e surdo de galão. Na outra, aprenderão novas formas de aplicar glitter no rosto e corpo e a confeccionar adereços a partir de materiais novos e usados.
Os horários e as ementas de todas as oficinas podem ser consultados no site do Festival de Verão e na plataforma Sympla. Além das oficinas, o evento contará com shows, exposições, performances, rodas de conversa e uma feira, além de sediar residências artísticas.
Corpo extenso
A escolha do Centro Cultural UFMG e do Centro de Referência da Juventude da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para sediar as atividades do Festival de Verão não é casual. Neste ano, o tema do evento é CorpoCidade em razão da efervescência cultural que a região do chamado "baixo centro" de Belo Horizonte vem experimentando desde o início da década passada, com o advento da chamada “Praia da Estação”.
Sob essa inspiração, o Festival de Verão visa objetivamente potencializar o entendimento da cidade como território cultural e sua relação com os sujeitos que nele atuam. “A cidade é um corpo extenso, que forma uma rede cultural, de trânsitos e encontros, e tem na Praça da Estação um polo de convergência, onde a cidade se vê plural e diversa, plena de possibilidades criativas”, afirma o professor Fernando Mencarelli, diretor de Ação Cultural da UFMG e um dos coordenadores e curadores do Festival.
Em razão dessa temática, toda a programação do Festival se relaciona de alguma forma com a região do conjunto paisagístico e arquitetônico da Praça Rui Barbosa (Praça da Estação). “E o principal protagonista dessa cena é a juventude da cidade, que elegeu esse território como um de seus espaços comuns e está ativa nos vários programas e projetos artísticos e culturais lá realizados", sustenta o diretor.
“A universidade reconhece a grande importância desse movimento e quer integrar-se cada vez mais a ele, por meio de sua presença física no território, com o Centro Cultural da UFMG, e intensificar sua presença como parceira dos projetos desenvolvidos na região. Para isso, buscamos as visualidades, as sonoridades, as corporeidades e as poéticas em circulação nesse território”, completa Mencarelli.
Informações e notícias sobre as atividades do Festival de Verão da UFMG podem ser consultadas no site do evento, no Facebook, no Instagram e no Twitter.