Festival homenageia músico mineiro Marku Ribas
'Minas Canta Marku Ribas' começa nesta quarta, 19, no CCBB
Marco Antonio Ribas, ou Marku Ribas, nome pelo qual ficou conhecido, foi um cantor, compositor, ator, dançarino e percussionista brasileiro. O artista é natural de Pirapora, às margens do Rio São Francisco, e sua origem marcou seu trabalho como músico, tanto que ele se considerava um representante da cultura barranqueira da região.
O nome artístico escolhido por ele também é inspirado no sítio arqueológico ancestral chamado Cariri-Makú, situado na região onde nasceu. Ao longo da carreira, Marku buscou dialogar com gêneros e estilos musicais variados e transitou entre soul, samba, samba rock, jazz, batuques e ritmos africanos. Também inovou ao utilizar o próprio corpo como instrumento de percussão.
Ativista político declarado, o artista sempre lutou por direitos sociais e contra o racismo. Músicas como Canto Certo e Nunca Vi, compostas por ele, chegaram a ser censuradas durante o regime militar, o que provocou a prisão de Marku, que acabou exilado em Paris. No auge do sucesso comercial o músico escolheu seguir carreira independente e foi esquecido pela mídia. Em 2001, foi redescoberto e apadrinhado por Ed Motta, restabelecendo uma projeção nacional.
O músico faleceu em abril de 2013, aos 66 anos, após ser diagnosticado com câncer de pulmão. Para homenagear esse importante artista brasileiro, Julia Ribas, que é filha de Marku, organizou o Festival Minas Canta Marku. No programa Noite Ilustrada, da Rádio UFMG Educativa, ela falou sobre a programação.
O festival começa nesta quarta-feira, 19, no Centro Cultural Banco do Brasil. A programação inclui shows com importantes nomes da música mineira, como Toninho Horta, Marcelo Veronez, Sérgio Pererê e a própria Júlia Ribas, além de oficinas gratuitas sobre a obra de Marku.