As boas práticas desenvolvidas pela área de cardiologia do Hospital das Clínicas da UFMG renderam à instituição o Certificado Prata 2017 do Programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia, projeto desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), American Heart Association, Proadi-SUS e Ministério da Saúde em 13 hospitais brasileiros. A iniciativa avalia a implementação das diretrizes da SBC nas áreas de insuficiência cardíaca, fibrilação atrial (ambulatorial e internação) e síndrome coronariana aguda, qualificando os atendimentos em cardiologia, otimizando os recursos e reduzindo o tempo de internação.

O HC-UFMG, único participante de Minas Gerais, registrou mais de 85% de conformidade nos indicadores de qualidade nos eixos de Insuficiência Cardíaca e Síndrome Coronariana Aguda, o que significa alta aderência aos requisitos de qualidade assistencial e processos da SBC nessas duas áreas. O Certificado Prata 2017 foi concedido às instituições participantes que mantiveram índice igual ou superior a 85% por seis meses ou mais. “Essa foi a primeira avaliação. O desafio agora é conquistar a categoria ouro, que será conferida às instituições que mantiverem os 85% ou mais por um ano”, revelou o investigador principal do estudo, o médico Luiz Guilherme Passaglia.

Ainda segundo Passaglia, essa certificação mostra o reconhecimento do trabalho desenvolvido no HC-UFMG em prol de uma boa medicina em cardiologia. “O prêmio da SBC e da American Heart eleva ainda mais o nome do HC no cenário nacional da cardiologia”, afirmou. Além disso, ela contribui diretamente com o processo de acreditação, que tem como foco a qualidade na assistência, já que os indicadores avaliados pelo programa estão, quase todos, no manual da Joint Commission International.

Otimizar recursos

O Programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia, implantado no HC-UFMG em maio de 2016, está em sua fase principal. A motivação do trabalho é a subutilização dos recursos efetivos no atendimento, estimada entre 30% e 40%.

O Hospital das Clínicas da UFMG foi convidado a participar do projeto porque é considerado referência em cardiologia. “É um hospital-chave para a disseminação desse programa da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O objetivo é padronizar a assistência, reduzir intervenções inadequadas e custos dentro daquilo que sabemos que são boas práticas”, afirma Luiz Guilherme Passaglia.

Além do médico, integram a equipe os enfermeiros Gísia Teodoro Braga, Monique Rocha Nogueira, Carolina Teixeira Cunha e Luis Octávio Rodrigues Costa. O professor e médico cardiologista do HC-UFMG Antônio Luis Pinto Ribeiro integra o comitê gestor do estudo nacional.