ICA: operação menospreza luta pela anistia
A Congregação do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, campus regional de Montes Claros vem manifestar a sua profunda indignação e repúdio à ação violenta, arbitrária e desproporcional da condução coercitiva praticada pela Polícia Federal em 06 de dezembro de 2017, contra o reitor, a vice-reitora, ex-dirigentes e servidores docentes e técnico-administrativos em Educação da UFMG.
Em uma ação que causou grande perplexidade, foram conduzidos coercitivamente nas primeiras horas da manhã, para prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal em Minas Gerais, sem que tenha havido qualquer intimação prévia, sem possibilidade de conhecimento do objeto da investigação, em afronta à Constituição e desrespeito às suas garantias fundamentais.
Com a motivação de investigar “supostas irregularidades” nas obras de construção do Memorial da Anistia Política do Brasil, a ação faz parte de uma operação intitulada pela PF de “Esperança Equilibrista”, uma forma de tentar desrespeitar e menosprezar a luta histórica pela anistia, da qual a UFMG sempre foi protagonista.
Salientamos a grandeza da UFMG, centro de excelência, que com a sua produção intelectual, no ensino, na pesquisa e na extensão, tem contribuído na construção de um país mais justo e desenvolvido, e que, de forma nenhuma se curvará ao arbítrio.
O Instituto de Ciências Agrárias defende a rigorosa investigação dos fatos, mas
manifesta solidariedade aos seus dirigentes, ex-dirigentes e colegas e reafirma seu profundo respeito e confiança em nossas lideranças e colegas servidores atingidos diretamente nesta lamentável ocorrência.
Montes Claros, 08 de dezembro de 2017