Jornal ‘Pasquim’ completa 50 anos de fundação em 2019
Ideia de criar o semanário surgiu após a morte de Stanislaw Ponte Preta, responsável pelo tabloide ‘A Carapuça’
Na última terça-feira, 26, completaram-se os 50 anos da primeira publicação do Pasquim. Símbolo do jornalismo irreverente e opositor ao regime militar, que estava em seu momento mais crítico, com a promulgação do AI-5 poucos meses antes, o jornal ditou tendência e inovou com as charges publicadas e o modo singular de realizar entrevistas.
A ideia de criar o semanário surgiu após a morte de Stanislaw Ponte Preta, responsável pelo tabloide A Carapuça. Os empresários da publicação pensaram no nome de Tarso de Castro, então colunista do Última Hora, como substituto. Quem fez o convite para Tarso foi o cartunista Jaguar, responsável por nomear o periódico. Pasquim significa jornal difamador, folheto injurioso.
Definindo-se como um veículo de contracultura, o Pasquim encerrou as atividades em 1991, após 22 anos de publicações. Além de Jaguar e Tarso de Castro, o semanário contou ainda com a colaboração de nomes como Ziraldo, Henfil, Millôr Fernandes, Ivan Lessa e Luís Carlos Maciel.
O diretor e roteirista Zeca Brito, um dos responsáveis pela produção do documentário A Vida Extra-ordinária de Tarso de Castro, falou sobre o Pasquim, em entrevista ao programa Noite Ilustrada, nesta sexta-feira, 28.