Livro reúne imagens de Wilson Baptista, fotógrafo que registrou a evolução de Belo Horizonte
Obra é organizada por professores da UFMG, incluindo o filho, Paulo Baptista, docente da EBA
Será lançado nesta terça-feira, dia 17, o livro Wilson Baptista: urbano fotográfico, que reúne parte da obra do artista belo-horizontino que se dedicou à fotografia por quase 90 anos e registrou, entre vários outros temas, cenas do cotidiano da capital mineira.
O livro, que registra a memória urbana da cidade de Belo Horizonte das décadas de 1930 a 1960, tem organização editorial de Renata Marquez, professora da Escola de Arquitetura e Design, de Paulo Baptista, filho do fotógrafo e professor da Escola de Belas Artes (EBA), e do artista gráfico e curador Marconi Drummond, .
O projeto foi inspirado em trabalho que Renata Marques já realizava antes do falecimento de Wilson Baptista. “Ela desenvolveu uma pesquisa com as fotos dele, fez entrevistas com o meu pai e pesquisou, em seu acervo, imagens da evolução histórica de Belo Horizonte”, conta Paulo Baptista.
Wilson Baptista: urbano fotográfico é resultado de dois anos de trabalho. Em um acervo de cerca de 30 mil negativos, os organizadores selecionaram 115 fotografias, algumas inéditas, que documentam aspectos singulares da vida urbana e da construção e expansão da cidade, além de composições abstratas que são, frequentemente, leituras muito pessoais do cotidiano fotografado.
O livro também traz ensaio da professora Renata Marquez e cronologia ilustrada assinada pelo professor Paulo Baptista e pela professora e arquiteta Maria Elisa Baptista, também filha do fotógrafo.
O evento começa às 17h30, no jardim do Museu Histórico Abílio Barreto, que fica na Avenida Prudente de Morais, 202, no Bairro Cidade Jardim. A entrada é franca. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail mhab.fmc@pbh.gov.br e pelo telefone (31) 3277-8572.
Fotógrafo amador
Em um século de vida, Wilson Baptista deu importante contribuição para a fotografia moderna brasileira. Foi um dos fundadores e o primeiro presidente do Foto Clube de Minas Gerais, na década de 1950. Organizou e participou, até meados dos anos 1960, de exposições e de salões nacionais e internacionais de fotografia, tendo sido premiado diversas vezes.
Suas fotografias são referência para o trabalho de pesquisadores de arquitetura, história e fotografia e contribuem para consolidar a memória afetiva de Belo Horizonte.