Longa-metragem infantil de Amadeu Alban integra a programação da 15ª CineBH
‘Miúda e o Guarda-Chuva’ integra a ‘Mostrinha’, mas traz reflexões sobre temas adultos a partir da relação entre uma garotinha e a sua planta carnívora
Miúda é uma garotinha prestes a completar 7 anos e se vê dependente de sua planta carnívora, que nunca a chama pelo nome. Para completar, o vegetal falante pede cada vez mais formigas fresquinhas para se alimentar. Os pequenos animais, por sua vez, cansados e com medo de serem as próximas refeições da planta, armam um plano poético para sobreviverem e fazer com que Miúda passe ver a vida com outro olhar.
Essa é a história do longa Miúda e o Guarda-Chuva, originalmente lançado em 2019 e que agora integra a programação da 15ª CineBH, a Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte. O filme é dirigido por Amadeu Alban e, apesar de seu apelo infantil, traz reflexões sobre temas adultos, como os contrastes entre vida e morte e decisão e dúvida.
Em entrevista ao Noite Ilustrada dessa sexta, 1º, o diretor, produtor e roteirista Amadeu Alban falou sobre o desenvolvimento do longa e as dificuldades da produção audiovisual no Brasil. De acordo com o diretor, a "célula embrionária" de Miúda surgiu há mais de uma década e, originalmente, seria uma série de televisão.
A planta carnívora, que desenvolve uma relação de dependência com a protagonista, "representa a reflexão do afeto [na vida de Miúda]. O quanto você está nutrindo as suas relações, como você nutre essas relações e com base em que. Eu enxergo essa história como uma educação emocional para crianças, principalmente para meninas, do tipo 'como lidar com relacionamentos tóxicos', que podem ser de toda a sorte".
Ouça a entrevista completa no SoundCloud.
Miúda e o Guarda-Chuva está disponível on-line e pode ser assistido gratuitamente como parte da 15ª edição da CineBH. A mostra segue até domingo, dia 3, e conta com debates, atividades formativas e mostras temáticas, tudo acessível pelo site do evento.
Produção: Maron Filho, sob orientação de Alessandra Dantas e Hugo Rafael
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Alessandra Dantas