A votação da Câmara de Deputados da Argentina terminou na manhã dessa quinta-feira (15), com o placar de 129 votos a favor, 125 contra e uma abstenção. Na quarta-feira, as ruas da Argentina foram tomadas por manifestantes favoráveis e contrários ao projeto de lei que legaliza o aborto livre e gratuito para mulheres até a décima quarta semana de gravidez e estende o prazo em casos de estupro, risco de vida para a mãe e má-formação fetal. 

Em Córdoba, um grupo de cerca de 300 manifestantes, a maioria mulheres, se reuniu em frente ao Pabellón Argentina, espaço que recebe atividades da Cres 2018 (III Conferência Regional da Educação Superior), para reivindicar a aprovação do projeto.

(*Com produção de Marcílio Lana)

Votação histórica na Câmara da Argentina despenaliza o aborto até a 14 semana de gestação  e  pode impactar no Supremo Tribunal Federal (STF) que sedia em agosto audiência pública sobre o tema.  A vitória da nova geração de feministas  que ocuparam as ruas de Buenos Aires com seus lenços verdes em defesa de "educação sexual para decidir, anticoncepcional para não abortar, aborto legal para não morrer", é tema da Coluna Gênero e Feminismo desta quinta-feira (14). 

A  coordenadora do NEPEM/UFMG, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher Marlise Matos afirma que descriminalizar o aborto é uma questão de direitos humanos e  de autonomia dos corpos das mulheres.