Ao se dirigir aos novos gestores do Teatro Universitário (TU) e do Centro Pedagógico (CP), a diretora geral da Escola de Educação Básica e Profissional (Ebap) da UFMG, Tânia Margarida Costa Lima, disse esperar que eles "mantenham a qualidade e o clima de confiança" que prevalecem nas instituições.

A cerimônia de posse foi realizada na noite de ontem, 18 de agosto, no auditório Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação. No TU, assumiram Helena Leite e Tereza Bruzzi como diretora e vice, respectivamente. No CP, foram empossados os professores Santer Alvares e Elânia de Oliveira. “Líderes têm que ser propositivos e motivadores e garantir a participação da comunidade nas decisões da escola”, disse Tânia Costa.

O professor do TU Fernando Limoeiro saudou os novos diretores com a leitura de um poema de cordel de sua autoria. Limoeiro lembrou que “liderar é vocação para desatar os nós” e “exige sempre atenuar a palavra e exercer a escutatória”. Ao fim, deixou uma mensagem de otimismo: “Fizemos a escolha certa".

O professor Evandro Balbino, por sua vez, deu as boas-vindas à nova direção do CP e recomendou: “O diálogo será essencial para que a gestão seja a melhor possível”.

Pernas curtas e eficientes

A professora Maria Clara Lemos, que entregou o cargo de diretora do TU, comparou a unidade a um anão, que "tem o corpo pequeno, porém completo”. “As pernas são curtas, mas eficientes. Vários passos têm sido dados para nosso crescimento, com apoio da Ebap e da Reitoria, que têm promovido na Universidade o entendimento sobre a importância da arte”, disse.

A sintonia entre professores, alunos e técnicos no TU foi destacada pela diretora empossada, Helena Leite [foto abaixo]: “Temos um ambiente onde é possível olhar para cada um, pensar junto, discutir e resolver as situações”. Segundo ela, “arte e universidade são palavras que parecem combinar”. “Nosso sonho é que a arte possa contribuir nas relações humanas de todas as universidades”, refletiu.

Segundo o novo diretor do CP, Santer Alvares [foto abaixo], a unidade conta com uma equipe que “veste a camisa da educação básica e do serviço público”. “Buscamos a formação docente sempre com o objetivo da máxima qualidade”, disse Santer, para quem o Centro é lugar de descobertas, companheirismo e superação de desafios.

Arte de resistir

No encerramento da cerimônia, o reitor Jaime Ramírez refletiu sobre as razões que levam um professor a pleitear um cargo administrativo na Universidade. “Só há uma resposta: a paixão pelo ofício”, asseverou. Ele disse que as duas unidades terão de superar desafios para se manter como referências em seus campos de atuação: “É preciso ponderar, de maneira madura e crítica, se o modelo vigente é o melhor, se podemos avançar nele ou alterá-lo organizacionalmente”.

Ao fim, Jaime Ramírez disse que a comunidade acadêmica deve estar disposta a defender o ensino público e gratuito em todos os níveis da educação. “O governo interino vem dando claros sinais de que haverá mudança radical nesse campo. Por isso, precisamos nos organizar e exercer a arte de resistir”, encerrou.