Mastologista e ex-paciente falam sobre prevenção do câncer de mama
Encontro será realizado na manhã deste sábado, no Espaço do Conhecimento
Em uma manhã de domingo, há quase 30 anos, Maria Luíza Oliveira tocou, por acaso, a parte inferior do seio esquerdo. Ao encontrar um nódulo, decidiu procurar um ginecologista, que a encaminhou ao mastologista. O diagnóstico veio em seguida: câncer de mama. “A sensação é a de que você vai morrer, o câncer é uma doença que mata, ainda mais naquela época”, relata a administradora.
Mesmo com o fim do tratamento, a doença continuou fazendo parte de sua vida, mas de forma diferente. Ela descobriu que compartilhar sua experiência com mulheres que passam por situação semelhante à sua poderia ser uma atitude transformadora.
O câncer de mama é o tema de mais uma edição do Café Controverso: Saúde em Pauta, que será realizada neste sábado, dia 27, a partir das 10h, no Espaço do Conhecimento. Além de Maria Luíza, que partilhará com o público um pouco de sua experiência ao lidar com a enfermidade, o evento receberá o mastologista Waldeir José de Almeida Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional MG, que tratará de questões como a prevenção e o tratamento do câncer.
Grupo de apoio
Em 2015, nasceu o projeto Pérolas de Minas – Grupo de Apoio às Mulheres com Câncer de Mama, que busca amparar pacientes por meio de visitas, acompanhamento em consultas e tratamentos, palestras e reuniões. De acordo com Maria Luíza, que também é especialista em Administração Hospitalar, o objetivo é mostrar que o diagnóstico não é o fim, mas um recomeço. A organização apoia centenas de mulheres em Minas Gerais.
O câncer de mama é o tipo da doença mais frequente entre as brasileiras. Todos os anos, o movimento Outubro Rosa chama a atenção para a importância da realização regular do autoexame e da mamografia em prol de uma detecção precoce da patologia. O momento é também de pensar no tratamento e no bem-estar das mulheres. Para Maria Luíza, um sistema de apoio é fundamental nessa situação: “Queremos que elas saibam que existe vida até durante o tratamento”, conclui.
O evento, gratuito, conta com o apoio da Unimed-BH, e o público poderá participar com perguntas aos palestrantes.