Alline Parreira, nascida no sertão mineiro, no Município de Manga, adotada ilegalmente na barriga de sua mãe biológica e adotada novamente aos três meses de idade, pobre, preta, luta contra racismo e preconceito na construção de seu gênero e da sua aceitação identitária como mulher negra. A mineira narra sua história de vida amanhã, numa palestra que irá dar na Cuny University, em Nova York, onde vive há dois anos como faxineira.  Na palestra documental, Alline mescla poesia, oralidade e projeções de sua trajetória de Manga à Nova Iorque. 

Alline Parreira conversou com o programa Noite Ilustrada, da rádio UFMG Educativa, nessa quinta-feira, 14.

"Eu doada de forma ilegal, ou à brasileira, como costumam dizer. Eu sou registrada no nome de uma mulher que não existe, a escrivã ignorou a fala de uma mulher negra e escreveu o nome da minha mãe errado, e isso segue até hoje. Além do pai ignorado. Foi tudo muito conturbado, quando eu passei a descobrir tudo isso e ter que lidar com tudo isso", conta Alline.

A palestra da mineira Alline Parreira é amanhã na CUNY University, em Nova York, nos Estados Unidos. O evento será às 19h, com transmissão ao vivo, na fanpage do BradoNYC. O curta sobre a história de mulheres do município de Manga, realizado pelo Cinema no Rio pode ser visto no canal da Cinear Produções do YouTube.