Ministério da Saúde autoriza uso da cloroquina em pacientes graves
Apesar dos bons resultados, ainda não há comprovação científica da eficácia do medicamento no combate à Covid-19
Na última quarta-feira, 25 de março, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso, apenas em pacientes graves, da cloroquina e da hidroxicloroquina associadas ao antibiótico azitromicina no tratamento da Covid-19. Mesmo sem estudos que comprovam a eficiência dessa combinação, os medicamentos têm apresentado bons resultados na recuperação de pacientes em vários países do mundo.
A divulgação de notícias sobre a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 causou uma corrida às farmácias para a compra do medicamento, o que provocou desabastecimento em diversas cidades, prejudicando pessoas que utilizam as substâncias para tratar lúpus, artrite reumatoide e outras doenças reumatológicas.
Entretanto, especialistas afirmam que a cloroquina e a hidroxicloroquina não servem como prevenção ao coronavírus nem devem ser utilizados sem prescrição médica. Para os portadores de doenças reumatológicas, a falta do medicamento no período de um a dois meses não prejudica o tratamento em longo prazo.
Em vídeo enviado à TV UFMG (assista acima), a professora da Faculdade de Medicina Cristina Lanna explica as principais indicações do medicamento, o emprego para o tratamento da Covid-19 e os riscos da automedicação, assuntos também abordados em matéria publicada nesta semana pelo Portal UFMG.
Ficha técnica: Artur Horta (produção); Marcelo Duarte (edição de imagens); Renata Valentim (edição de conteúdo).