Morreu na manhã deste domingo, 25, aos 92 anos, o professor emérito da UFMG Edson Durão Júdice. O corpo está sendo velado no Memorial do Parque da Colina, e o sepultamento será realizado às 17h.

Durão Júdice ingressou no quadro docente da Universidade em 1949, tendo atuado nos cursos de arquitetura, economia, engenharia civil e administração e no Programa de Pós-graduação em Economia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar). Primeiro chefe do Departamento de Matemática e professor emérito do Instituto de Ciências Exatas (ICEx), Júdice aposentou-se em 1987.

Graduado em engenharia civil pela UFMG, em 1948, ele especializou-se em matemática no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro, em 1953. Dois anos mais tarde, concluiu estudos de doutoramento em economia na UFMG e logo tornou-se doutor em matemática também pela UFMG.

Autor de livros como Elementos de geometria analítica (1971), Elementos de álgebra vetorial (1976), O teorema de Sard e suas aplicações (2011), recebeu diversas distinções, como a Medalha Christiano Ottoni (1991), a Medalha Santos Dumont, por duas vezes em diferentes graus (1986 e 1994), a Medalha de Honra da Inconfidência (2003), a Medalha Sociedade Mineira de Engenheiros e o título de Engenheiro em 2014. Em 2017, foi o vencedor, na categoria Ciência, do Prêmio Bom Exemplo da TV Globo.

Edson Durão Júdice também foi professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), onde lecionou nos cursos de administração, engenharia e arquitetura e urbanismo. Também na PUC, coordenou o curso de engenharia civil e foi diretor do Instituto Politécnico.

Edson Durão Júdice era pai da professora Maria Laura Magalhães Gomes, do Departamento de Matemática.