Começa neste sábado o 11º Festival de Arte Negra de Belo Horizonte. Completando 26 anos de trajetória na cidade, com periodicidade bienal, o evento promove nove dias de atrações nos teatros da capital, intervenções urbanas, exposições, atividades nos centros culturais, rodas de debate e ações formativas. Com o tema Muvuca de Pretuntu, a edição conta com uma programação construída principalmente por artistas da Grande BH, que reúnem uma série de criações coletivas com diferentes linguagens integradas. Todas as atividades são gratuitas e acontecem em diferentes pontos da cidade.

Quem deu mais informações sobre o 11º Festival de Arte Negra de Belo Horizonte, no programa Expresso 104,5 desta sexta-feira, 3, foi o artista e curador do evento, Sérgio Pererê. O convidado fez um apanhado das duas décadas de trajetória da iniciativa, que é uma das maiores dedicadas à arte e cultura negra na América Latina, e explicou que parte da inspiração vem da cultura Bantu, que tem papel significativo na formação cultural brasileira e na identidade nacional. O artista comentou também sobre as mudanças que enxerga no cenário artístico para a população negra ao longo da existência do FAN BH, que ainda hoje carrega o fardo do apagamento, mas é resgatado pelo festival, que acaba representando um mecanismo de resistência em oposição a essa invisibilização.

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O Festival de Arte Negra de Belo Horizonte tem início neste sábado, com o tema Muvuca de Pretuntu. A programação de nove dias conta com dezenas de atrações que reúnem teatro, música e artes visuais. Todas as atividades são gratuitas e a programação completa pode ser acessada no site do evento. A abertura do festival acontece neste sábado, a partir das 12h, no Mercado da Lagoinha. O endereço é Avenida Antônio Carlos, 821. A UFMG Educativa lembra da importância do uso de máscara, higienização frequente das mãos e respeito ao distanciamento social nos eventos presenciais.

Produção: Laura Portugal, sob orientação de Filipe Sartoreto
Publicação: Enaile Almeida, sob orientação de Alessandra Dantas