As religiões, as ciências e a política são dimensões socioculturais que historicamente se entrecruzam com distintas nuances que produzem efeitos concomitantes. Embora tais imbricações sejam dinâmicas e se alterem em diferentes contextos, é possível afirmar que as fronteiras dessas dimensões têm gerado muitas polêmicas. A relação complexa e contextual entre esses saberes, sobretudo no que diz respeito às reivindicações de grupos e segmentos sociais como as comunidades afrorreligiosas, LGBTQIA+ e indígenas, será debatida no seminário Religiões, política e ciências na encruzilhada, organizado por um grupo de professores residentes do Instituto de Estudos Transdisciplinares (IEAT) da UFMG. O evento será realizado no dia 1º de outubro, a partir das 9h.

O seminário terá a participação de Gersem Baniwa, docente indígena da Universidade de Brasília (UNB), Pastor Filipe Gibran, da Comuna do Reino, Isabela Dario, do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras (Idafro), e Mariana Ramos de Morais, do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional.

Novos compartilhamentos
Segundo os professores da UFMG e residentes do IEAT Camila Nicácio, Marcelo Cattoni, ambos da Faculdade de Direito, Marco Aurélio Prado, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), e Maria Inês de Almeida, da Faculdade de Letras, as relações entre religiões, ciências e política, ora convergentes ora divergentes, são arenas que constituem a vida social. Nos últimos tempos, elas têm gerado novos compartilhamentos, seja na relação entre as religiões e a política, tomada muitas vezes como maldita e perigosa, seja na relação entre religiões e ciências, não raros entendidas como campos antagônicos e não como esferas colaborativas.  

O evento será realizado no Auditório do Centro de Atividades Didáticas 2 (CAD 2), no campus Pampulha. Serão emitidos certificados para os participantes que se inscreverem com antecedência e assinarem a lista de presença durante o encontro.