De símbolo da luta pela anistia a escárnio contra a universidade pública
Pesquisadora da UFMG explica por que apropriação da música 'O bêbado e a equilibrista' por Polícia Federal afronta a memória da redemocratização no Brasil
A apropriação da música O bêbado e a equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, para batizar operação da Polícia Federal realizada ontem (6) em Belo Horizonte provocou uma série de manifestações de repúdio, entre elas a do Conselho Universitário da UFMG, a da ex-presidenta Dilma Rousseff, do Ministério Público Federal e a de um dos próprios autores da canção, João Bosco.
A professora do Departamento de História da UFMG e pesquisadora da História do Brasil República Miriam Hermeto de Sá Motta aponta o escárnio contra a própria universidade pública como uma das consequências da apropriação indevida daquele que é considerado o hino dos anistiados.
Produção e reportagem: Pablo Nogueira
Imagens: Antônio Soares
Edição de imagens: Otávio Zonatto
Fotos: Acervo Projeto República UFMG