Oficinas incentivam o autoconhecimento e a prática coletiva
Atividades do Festival de Verão baseadas em brincadeiras e danças de roda estimulam o rompimento com o individualismo
Por meio de dinâmicas realizadas em roda e visando à criação coletiva, as oficinas Da brincadeira à arte e O feminino em dança: criatividade e espiritualidade vão promover recreação e interação entre os participantes do Festival de Verão. “A palavra chave é ‘alegria’. As dinâmicas de grupo, com pessoas em roda, complementando umas às outras e buscando a elaboração de um produto criativo e colaborativo, são um meio importantíssimo de romper com o individualismo cada vez mais presente nas relações”, analisa a atriz e professora de teatro Myriam Nacif.
Nacif vai ministrar a oficina Da brincadeira à arte, que tem o objetivo de demonstrar como a criação cênica está relacionada ao despojamento lúdico e à espontaneidade das brincadeiras, valorizando-as como instrumento de criação e experimentação. Segundo Myriam Nacif, trata-se de uma oficina prática, com foco em processos de criação baseados em artes plásticas, teatro e música. “Usaremos brinquedos, barbante, papel, balão, bastão e trabalhos rítmicos – tudo isso voltado para o estímulo de brincar. Também é um apego à memória afetiva, da infância”, comenta a atriz.
A atividade ocorre de 11 a 14 de fevereiro, das 14h às 18h, na sala 2 do Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174).
Feminilidade
A dança de roda e outras ferramentas vão promover a interatividade e a reflexão durante a oficina O feminino em dança: criatividade e espiritualidade, ministrada pela educadora e mestre em artes Renata Mara Fonseca de Almeida. A atividade, destinada a mulheres com idade mínima de 16 anos, terá as danças cigana e de roda como fios condutores, segundo a professora, para o encontro com o potencial criativo das participantes.
“A proposta é despertar a sensibilidade, o autoconhecimento e a consciência corporal por meio de exercícios improvisados. Haverá ainda um espaço de compartilhamento de relatos e depoimentos, escuta sobre medos e sonhos, além de práticas relacionadas à meditação”, descreve Renata de Almeida, que também é psicóloga e terapeuta.
De acordo com a professora, sua experiência no consultório de psicologia tem revelado a prevalência de “muitas mulheres perdidas em si mesmas”. "Trabalharemos a presença e a conexão com a força física, mental e emocional. Na experiência coletiva artística, podemos encontrar o autoconhecimento e transformação de vida”, completa.
A atividade, que requer o uso de roupas confortáveis, está programada para o período de 11 a 14 de fevereiro, na sala 18 do Conservatório UFMG. Também é importante que os participantes levem sua própria garrafa de água.
O Conservatório UFMG fica na Avenida Afonso Pena 1.534.
Informações sobre todas as oficinas – incluindo inscrições – estão disponíveis no hotsite do Festival de Verão.