Institucional

Operações policiais buscam demonizar universidades públicas federais, acredita colunista

Marlise Matos classifica operação da PF na UFMG como invasiva, violenta, arbitrária​ e que viola direitos constitucionais básicos

Manifestantes reunidos em torno do espelho d'água da Reitoria
Manifestantes reunidos em torno do espelho d'água da Reitoria Foca Lisboa | UFMG

Na coluna Gênero e Feminismo de hoje, a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem) da UFMG, Marlise Matos, rechaça a operação da Polícia Federal que conduziu coercitivamente oito dirigentes e servidores da UFMG para apuração de inexecução e desvio de recursos públicos destinados à implantação e construção do Memorial da Anistia Política do Brasil.

A professora classifica a operação policial como invasiva, violenta, arbitrária e afirma que ela viola direitos constitucionais básicos como o direito à ampla defesa e ao conhecimento do processo. "A criminalização das universidades e a espetacularização desse processo de intervenção só estão a serviço de um único objetivo, que é demonizar as universidades públicas brasileiras", comenta.

Marlise acredita que os recentes ataques às universidades federais mandam um recado direto para os dirigentes, professores, pesquisadores, servidores e estudantes: "retirar a autonomia das universidades e transformá-las em mais uma mercadoria para ser entregue à iniciativa privada. É um recado simbólico. Haverá resistência", disse na coluna.

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